Área bombardeada em Donetsk, no Leste da Ucrânia| Foto: EFE/Photomig

Os Estados Unidos vão fornecer US$ 46 milhões em um novo pacote de assistência não letal ao Exército da Ucrânia, mas se recusaram a atender o pedido do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, de que enviassem armamentos para ajudar o país no combate a separatistas pró-Rússia.

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Poroshenko apresentou sua demanda nesta quinta-feira (18), durante encontro com o Congresso norte-americano. Ele agradeceu os EUA pelo envio de apoio não letal às forças armadas do país, mas disse que precisava de mais para dar fim às tensões na fronteira com a Rússia. "Cobertores e óculos de visão noturna são importantes, mas nós não podemos ganhar uma guerra com um cobertor", ele afirmou em um depoimento de 40 minutos que foi diversas vezes interrompido pelos aplausos dos congressistas.

O líder ucraniano deve se reunir com o presidente norte-americano, Barack Obama, no final do dia, em um encontro que sinaliza o apoio do ocidente à causa da Ucrânia. Para o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, "a foto do presidente Poroshenko na Sala Oval valerá mil palavras - tanto em inglês como em russo".

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Antes da reunião, autoridades dos Estados Unidos informaram que Obama anunciaria o envio de pacotes de assistência militar, com radares antimorteiro para ajudar as forças ucranianas a detectarem tiros de artilharia. Os EUA também providenciarão o envio de veículos, navios de patrulha, armaduras e equipamentos de alta engenharia.

Apesar de alguma demonstração de apoio aos pedidos de Poroshenko, autoridades dizem que o presidente Obama continua a se opor ao fornecimento de armas e não vê o armamento direto do Exército ucraniano como uma maneira efetiva de dar fim ao conflito.

Congressistas também têm pressionado Obama para expandir o apoio militar à Ucrânia. O Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano deve votar nesta quinta-feira uma legislação bipartidária que aumentaria a assistência aos ucranianos, além de impor sanções mais amplas contra a defesa e os setores financeiro e de energia russos.

O projeto de lei autoriza uma liberação de US$ 350 milhões no orçamento de 2015 para assistência militar, incluindo o envio de armas antitanque e antiblindados, munição, radares para detectar disparos de artilharia e drones de monitoramento.

Kiev e os separatistas apoiados pelo Kremlin travam uma batalha há meses pelo controle das cidades do leste ucraniano, na fronteira russa. A ofensiva se seguiu à anexação pela Rússia da importante península da Crimeia, que antes pertencia à Ucrânia. Os ucranianos e os insurgentes chegaram a um acordo para o cessar-fogo no dia 5 de setembro, mas a trégua tem sido violada repetidamente.

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