A Casa Branca informou ontem que está no estágio final de um plano para fechar a prisão militar dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, em Cuba, um criticado centro de detenção onde estão encarcerados suspeitos de terrorismo sem acusação formal.
116 presos
Estão atualmente na prisão de Guantánamo, no sul da ilha de Cuba. A área foi arrendada de forma perpétua em 1903 pelo governo americano. A partir de 1942, quando os EUA estavam em guerra com o Japão, americanos de origem japonesa foram presos no local. A prisão voltou às manchetes depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, quando passou a abrigar suspeitos de terrorismo e ser denunciada como palco de torturas.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o governo do presidente Barack Obama espera “driblar” a oposição de republicanos no Congresso para fechar a instalação, uma das suas principais promessas ao assumir o cargo em 2009.
“O plano é algo em que nossos funcionários estão trabalhando há algum tempo, em primeiro lugar porque é prioridade do presidente”, disse Earnest. “O fechamento do centro de detenção em Cuba é um assunto de segurança nacional e sua manutenção não reflete um uso efetivo dos recursos governamentais”, completou o porta-voz.
A prisão tem sido alvo de denúncias de abusos, incluindo práticas de tortura por afogamento simulado de prisioneiros sob interrogatório. A Casa Branca nega e alega que o centro de detenção é utilizado como ferramenta de propaganda para grupos militantes que recrutam apoiadores a fim de combater os EUA.
O jornal “The New York Times” relatou ontem que a conselheira de segurança da Casa Branca, Susan Rice, se encontrou recentemente com o secretário de Defesa, Ash Carter, e apresentou um memorando dando a ele um prazo de 30 dias para tomar decisões sobre transferências de prisioneiros. Segundo o jornal, não houve nenhum compromisso por parte de Carter para transferir os detentos. Atualmente há 116 presos em Guantánamo, segundo a Casa Branca.
Estratégia
Uma vez finalizado, o projeto ainda deve ser submetido ao Congresso, dominado pelo partido Republicano, que tem se oposto ao encerramento das atividades do complexo. Para driblar a oposição republicana, o governo dos EUA tem mandado muitos dos prisioneiros de volta a seus países de origem ou a nações que se dispuseram a recebê-los, como o Uruguai.
O fechamento da prisão e a devolução da área para o governo cubano foi uma das exigência feitas pelo presidente de Cuba, Raúl Castro. na semana passada, antes de os dois países reabrirem suas embaixadas, na segunda-feira. Castro pediu ainda que os embargos à ilha sejam encerrados.
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