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A Casa Branca criticou nesta segunda-feira (17) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a respeito da sua declaração de que os Estados Unidos incentivam a continuidade da guerra na Ucrânia e que esta, assim como a Rússia, não toma a iniciativa da paz.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, disse em entrevista coletiva que a fala de Lula foi “profundamente problemática” e que o Brasil “está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”.
“Obviamente queremos que a guerra acabe. Isso poderia acontecer agora, hoje, se o senhor [presidente russo Vladimir] Putin parasse de atacar a Ucrânia e retirasse suas tropas”, disse Kirby.
“Os comentários mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia [península ucraniana ocupada pelos russos desde 2014] como uma concessão de paz são simplesmente equivocados, especialmente para um país como o Brasil, que votou [na ONU] para defender os princípios de soberania e integridade territorial [da Ucrânia]”, acrescentou o porta-voz.
Em uma entrevista coletiva no fim da viagem aos Emirados Árabes, Lula afirmou que Putin “não toma iniciativa de paz”, assim como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e que “Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”.