A Casa Branca negou nesta terça-feira (13) as informações de que um telefonema do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, para o presidente George W. Bush, teria forçado a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, a se abster em uma votação na ONU sobre a guerra em Gaza.
"Eu vi essas reportagens, elas são incorretas", disse Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca.
Em um discurso feito na segunda-feira, Olmert disse que pediu para falar com Bush apenas 10 minutos antes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votar uma resolução que pede um cessar-fogo imediato, ao qual Israel se opõe.
"Ele deu uma ordem à secretária de Estado, e ela não votou a favor -- uma resolução que ela mesma arquitetou, redigiu, organizou e pela qual manobrou. Ela ficou bastante envergonhada e se absteve de votar numa resolução que ela mesma tinha organizado".
Ministros árabes disseram, depois da votação de quinta-feira, que Rice prometeu a eles que os Estados Unidos apoiariam a resolução, mas mudou de posição depois de falar com Bush.
Minutos antes da votação na ONU, a equipe de Rice informou a repórteres que ela faria alguns comentários antes de votar, mas o encontro com a imprensa foi abruptamente cancelado, sob alegação de que em vez de falar com os jornalistas, ela conversaria com Bush por telefone.
A votação foi atrasada, enquanto outros ministros esperaram Rice terminar a ligação. Logo ela entrou na câmara do Conselho de Segurança da ONU e conversou em particular com ministros árabes, que chacoalharam a cabeça enquanto ela falava.
Imediatamente depois da votação, Rice voltou para Washington sem falar com a imprensa. O porta-voz dela não retornou várias ligações e e-mails que perguntavam por que a secretária não cumpriu seu compromisso com os ministros árabes, aos quais tinha prometido que votaria a favor da resolução.
Rice se encontrou com ministros franceses e britânicos, além de três potências ocidentais e países árabes durante três dias, a fim de redigir a resolução.
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