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A Casa Branca prepara-se para uma batalha judicial a fim de manter a suspensão das atividades de perfuração de poços petrolíferos no Golfo do México, depois de empresas do setor conseguirem uma liminar contra a medida.

O secretário do Interior, Ken Salazar, prometeu renovar a suspensão "nos próximos dias". A suspensão deveria valer por seis meses, período em que técnicos avaliariam a segurança dessa atividade, levando em conta o vazamento que ocorre desde 20 de abril num poço da empresa BP, o pior acidente desse tipo na história dos EUA.

"Vemos claras evidências a cada dia, conforme o óleo vaza do poço da BP, da necessidade de uma pausa da perfuração em águas profundas", disse Salazar em nota.

O secretário irá depor na quarta-feira a uma subcomissão do Senado, junto com Michael Bromwich, recém-empossado chefe do Departamento de Energia Oceânica - novo nome do Serviço de Gestão Mineral, o conturbado órgão regulador acusado de não policiar adequadamente o setor.

O vazamento no Golfo do México -- que ameaça ecossistemas frágeis e causa graves prejuízos aos setores da pesca e do turismo -- abalou profundamente a confiança dos investidores na britânica BP, uma gigante do setor.

O preço das suas ações caiu pela metade desde o início da crise. Na semana passada, a empresa suspendeu o pagamento de dividendos e aceitou criar um fundo de 20 bilhões de dólares para pagar pela limpeza. Para cobrir esse valor, a empresa afirmou que vai elevar a venda de ativos para 10 bilhões de dólares nos próximos 12 meses.

Na terça-feira, as ações da BP atingiram em Londres seu menor valor em 13 anos, refletindo a incerteza sobre o futuro da empresa em meio à complicada tarefa de limpeza do óleo e aos possíveis processos judiciais que ainda sofrerá.

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