O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que a “visão” americana não mudou, mas que o Reino Unido pode decidir se dará sinal verde à Ucrânia| Foto: EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS/POOL
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Antes de uma reunião entre o presidente americano, Joe Biden, e o premiê britânico, Keir Starmer, que será realizada na tarde desta sexta-feira (13) na Casa Branca, o porta-voz de segurança nacional da administração democrata, John Kirby, descartou a possibilidade de autorização americana para que a Ucrânia utilize armamentos de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar alvos mais distantes dentro do território russo.

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“Não há nenhuma mudança na nossa visão sobre o fornecimento de armas de ataque de longo alcance para a Ucrânia usar dentro da Rússia”, disse Kirby, em entrevista coletiva.

“Vou deixar para [Starmer] decidir o que ele quer dizer, mas não há nenhuma mudança em nossa política agora com relação a essa capacidade, por todos os motivos pelos quais dissemos que não a apoiávamos antes”, acrescentou o porta-voz.

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A administração Biden vinha se opondo à autorização porque entende que ela pode escalar a guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.

A autorização para que a Ucrânia utilize armas de longo alcance fornecidas pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido para atingir mais profundamente o território russo será um dos temas da reunião entre Biden e Starmer.

Segundo informações da agência Associated Press, dois assessores do governo americano disseram que o premiê buscará autorização de Washington para permitir que a Ucrânia utilize mísseis britânicos Storm Shadow para atingir alvos mais distantes dentro da Rússia.

O sinal verde americano é necessário porque componentes desses mísseis são fabricados nos Estados Unidos. Fontes ouvidas pela AP disseram que, independentemente do resultado da reunião, uma decisão oficial não deve ser anunciada nesta sexta-feira.

Na quinta-feira (12), o ditador da Rússia, Vladimir Putin, disse que o Kremlin considerará que países da OTAN estarão em guerra direta contra Moscou se autorizarem que a Ucrânia utilize armas de longe alcance do Ocidente para ataques mais profundos a regiões russas.

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