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Bispos conversam ao fim dos debates desta quinta-feira (15) no Sínodo sobre a família, no Vaticano | MAX ROSSI/REUTERS
Bispos conversam ao fim dos debates desta quinta-feira (15) no Sínodo sobre a família, no Vaticano| Foto: MAX ROSSI/REUTERS

Nesta quinta-feira (15), os padres refletiram sobre os divorciados que voltam a se casar, durante novo ato do Sínodo dos Bispos sobre a família, no Vaticano. Entre esta quarta e quinta, 93 participantes discursaram em plenário: uma parte defende que os casais de segunda união, após um período de acompanhamento, voltem a comungar e outra parte sugere que se encontrem vias pastorais sem necessariamente permitir o acesso aos sacramentos.

Com críticas a texto-base e pedido de intervenção do papa, padres encerram segunda etapa do Sínodo

Os padres sinodais concluíram a segunda etapa do Sínodo dos Bispos sobre a família, nesta quarta-feira (14), com críticas ao texto de trabalho da assembleia.

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O tema faz parte dos desafios da família, elencados na terceira parte do Instrumentum Laboris - o documento de trabalho da assembleia.

“Muitos pedem que a doutrina católica sobre o matrimônio e a família seja mais clara, destacando que a Igreja não tem autoridade nem poder para mudar a palavra de Deus. Outros dizem que, seguindo o ensinamento de Jesus, a Igreja não pode excluir permanentemente alguns fieis do sacramento, porque não somos ‘funcionários de alfândega’ que controlam a pureza dos cristãos”, disse Bernd Hagenkord, um dos colaboradores de língua alemã do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Os bispos latino-americanos, por exemplo, pedem cautela em relação à questão, uma vez que, segundo eles, a possibilidade de retorno à comunhão eucarística “não pode estar condicionada a pressões externas”.

“É importante destacar que o Sínodo não pretende chegar a decisões sobre nada, mas nossas reflexões serão colocadas nas mãos do papa”, disse o bispo mexicano Carlos Aguiar Retes.

Padres comentam vazamento de suposta carta de cardeais

A notícia do suposto vazamento de uma carta privada que teria sido entregue ao papa Francisco, assinada por 13 cardeais participantes do Sínodo dos Bispos, com duras críticas à assembleia, foi o principal tema na coletiva de imprensa do encontro realizada nesta terça-feira (13), no Vaticano.

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Os bispos Carlos Aguiar Retes e Stanislaw Gadecki, que participaram da coletiva de imprensa, explicaram aos jornalistas o que seria a via penitencial como um meio para readmitir os casais de segunda união aos sacramentos, uma prática já adotada pela igreja ortodoxa que foi sugerida pelo cardeal alemão Walter Kasper, durante o Sínodo extraordinário sobre a família de 2014.

“O percurso prevê um arrependimento em relação à falência do casamento anterior, de modo que o fiel possa iniciar um novo caminho”, disse Reyes.

Gadecki, que também é presidente da conferência episcopal polonesa, explicou como a igreja em seu país, considerada uma fiel observadora da doutrina católica, desenvolve a pastoral com casais de segunda união.

“O episcopado polonês excluiu a hipótese de comunhão, fazendo referência à Familiaris Consortio, de João Paulo II. Os divorciados recasados não estão excomungados e há inúmeras formas de participar da vida da Igreja”, salientou.

Até a apresentação do texto final, prevista para o dia 24, outros assuntos considerados delicados serão tratados, entre os quais, a atenção pastoral aos homossexuais, os matrimônios com disparidade de culto, além da questão da adoção e do aborto.

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