Paris Campanhas eleitorais, algumas ainda incipientes, em países tão distantes como França, Estados Unidos e Argentina mostram uma tendência que se reflete hoje em distintas partes do mundo: buscar o poder em parceria, imprimir algo de romântico à disputa e exercer o governo em família.
Na França, por exemplo, parecia evidente que François Hollande, primeiro secretário do Partido Socialista, seria candidato nas presidenciais de abril próximo. A súbita e inesperada popularidade de sua companheira e mãe de seus quatro filhos, Ségolène Royal, levou Hollande a deixar o caminho livre para a mulher.
Os Clinton estão juntos há muito tempo. Conheceram-se em 1970, em Yale, estão casados há 32 anos e têm uma filha, Chelsea. O caso amoroso do então presidente, divulgado mundialmente, com a estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky, deixou Hillary muito mal. Apesar de tudo, ela perdoou seu marido e agora tenta, nas eleições de 2008, se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.
Na Argentina, o presidente Néstor Kirchner e sua esposa, Cristina Fernández, casados desde 1975 e com dois filhos, compartilham o exercício do poder desde que o ex-governador ganhou pela primeira vez em sua província patagônica de Santa Cruz, em 1991.
A Nicarágua, com a ascensão do sandinista Daniel Ortega ao poder, Rosario Murillo, esposa de Ortega desde 1978 e com quem ele tem 8 filhos, foi nomeada para assumir o Conselho de Comunicação e Cidadania.