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A polícia indiana prendeu nesta segunda-feira (25) um casal de médicos por deixar seu filho de 15 anos realizar um parto cesariano para, supostamente, "marcar um recorde" no hospital de Tâmil Nadu (sul da Índia) que eles administram.

A prisão do casal, um cirurgião e uma ginecologista, aconteceu depois que os investigadores reuniram provas sobre o caso e entregaram um relatório à autoridade competente, disse um policial citado pela agência de notícias "PTI".

A operação foi feita semanas atrás em Manaparai, onde o garoto, estudante secundarista, teria praticado com sucesso uma cesárea na maternidade administrada por seus pais, que o encorajaram.

O caso foi divulgado quando o pai informou a "façanha" de seu filho em uma recente reunião da Associação Médica Indiana. Ele teria mostrado um vídeo como prova da operação, segundo médicos de Tâmil Nadu.

Segundo a imprensa indiana, a paciente, em paradeiro desconhecido, não teria sido consultada para consentir que o adolescente fizesse a operação.

A Associação Médica Indiana adotou uma resolução para tomar medidas disciplinares contra os pais do garoto.

Antes da polêmica, o pai, o médico K. Murugesan, havia apresentado o vídeo da cesariana a uma associação médica indiana pelo próprio pai do rapaz, que disse que gostaria de ver o nome do filho no "Guinness", o livro dos recordes. As imagens mostram o doutor, dono de uma maternidade na cidade de Manaparai, anestesiando a paciente antes da cirurgia.

A porta-voz do Guinness Amarilis Espinoza, no entanto, disse na ocasião que a organização não apóia feitos como esse, porque não quer encorajar más práticas na medicina.

A mãe que passou pela cesariana e o bebê ficaram bem, mas os médicos que viram o vídeo se dizem chocados.

Na ocasião, e mesmo depois da reação dos colegas, Murugesan disse que não está arrependido. Ele acusa a associação médica de estar com "inveja" do feito do filho. Segundo ele, essa não é a primeira cirurgia feita pelo menino -ele já estava sendo treinado há três anos.

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