A polícia religiosa da província indonésia de Aceh está às voltas com o caso de duas mulheres que, morando juntas, se casaram por pressão de vizinhos, pois estes imaginavam que uma delas era homem, e que portanto o casal vivia em pecado.
Aceh é a única província da Indonésia que aplica a "sharia" (lei islâmica).
As mulheres, chamadas Nuraini e Rohani, foram pressionadas a se casar porque os vizinhos julgavam que Rohani era homem, por causa da sua aparência e por ter um apelido masculino, Ranto. Mas, depois da cerimônia, surgiram suspeitas de que Rohani fosse mulher, e os moradores entregaram as duas à polícia no domingo.
"No livro do Profeta (Maomé), pessoas que cometem tal coisa devem ser decapitadas ou atiradas no mar, mas não temos isso nos nossos regulamentos, disse na quarta-feira à Reuters o chefe da polícia religiosa de Aceh, Muddasir (que, como muitos indonésios, usa um só nome).
A polícia religiosa fiscaliza o comportamento das pessoas, muitas vezes reprimindo o uso de roupas justas ou a convivência de casais não casados. Muddasir disse que sua equipe consultou códigos legais islâmicos mas não encontrou nada que regulamentasse os casamentos homossexuais.
Ele informou que as duas mulheres foram detidas e que policiais e autoridades religiosas estão investigando maneiras de separá-las para sempre.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas