Previstos inicialmente para o segundo semestre do ano que vem, os primeiros casamentos entre pessoas do mesmo sexo na Inglaterra e no País de Gales poderão acontecer a partir de março de 2014, de acordo com a ministra da Igualdade, Maria Miller. Segundo ela, os casais que desejam estar entre os primeiros a realizar a cerimônia terão que fazer um aviso formal da intenção até 13 de março do ano que vem. Em julho, a lei recebeu o aval da rainha Elizabeth II, depois de ter sido aprovada pelas Câmaras dos Lordes e dos Comuns.
"O casamento é uma das nossas instituições mais importantes, e, a partir de 29 de março de 2014, estará aberto a todos", afirmou Maria Miller, que disse que esse era "apenas mais um passo na evolução do casamento".
A ministra disse ainda estar "trabalhando duro" para garantir que os casais que queriam converter parcerias civis em casamentos - e as pessoas casadas que querem mudar de sexo legal, permanecendo casadas - sejam capazes de fazê-lo antes do final do próximo ano.
A legislação não alcança a totalidade do Reino Unido; Escócia e Irlanda do Norte ainda terão que deliberar individualmente sobre o assunto. Enquanto os escoceses já deram o pontapé inicial em 2011, com o anúncio do governo de uma política para lidar com o tema após consulta pública, os norte-irlandeses não têm qualquer previsão para introduzi-lo na agenda.
Por mais que a população em geral não tenha oferecido maiores resistências ao casamento homossexual, o tema foi motivo de polêmica dentro do Parlamento, dividindo sobretudo os conservadores, do partido situacionista. O primeiro-ministro, David Cameron, acabou por se indispor com correligionários, uma vez que abraçou a causa e mostrou-se determinado a permitir o casamento gay na Inglaterra e no País de Gales. De acordo com uma pesquisa do instituto YouGov, 71% dos britânicos, o que inclui 58% de pessoas religiosas, acreditavam que o casamento gay deveria ser permitido em cerimônias civis e em cartório.