Grupos de jovens, com o apoio de policiais uniformizados, saquearam pelo menos 10 casas pertencentes a ministros, prefeitos e outros aliados do presidente da Costa do Marfim reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), disse neste domingo (5) um conselheiro.
As forças de segurança leais ao líder Laurent Gbagbo, que se recusa a ceder o poder mais de três meses depois que a ONU disse que ele perdeu uma eleição, adotaram um comportamento cada vez mais criminoso na última semana, matando seis mulheres desarmadas que protestavam na rua na quinta-feira.
Pelo menos 10 casas foram saqueadas, de acordo com uma contagem da Associated Press feita a partir de relatos de testemunhas, entrevistas com proprietários e dados do governo de Alassane Ouattara.
Ouattara é o vencedor das eleições presidenciais reconhecido pela ONU e que conta com apoio internacional. As casas pertencem a ministros e prefeitos do partido de Ouattara, o RDR, mas também a seus familiares e empresários considerados seus defensores.
Uma testemunha afirmou ter visto uma caminhonete pertencente à força da polícia paramilitar CECOS deixando a casa que pertence ao ministro das Finanças de Ouattara ontem. O veículo estava carregado com um refrigerador, disse a testemunha, e voltou mais tarde à casa para retirar um grande cofre.
Dezenas de adolescentes derrubaram as portas e janelas da casa, e depois deixaram o local usando maiôs e carregando pratos e outros objetos valiosos, disse a testemunha, que pediu para não ser identificada.
O conselheiro de Ouattara, Amadou Coulibaly, disse que a polícia recruta jovens para participar dos saques, que começaram na quinta-feira.
"Eles estão tentando instalar uma atmosfera de terror", disse, "mas não dá para fazer mais do que eles já fizeram, atirando contra mulheres desarmadas. Eles estão ficando desesperados", disse ele.
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