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Caso dos e-mails tira Hillary e coloca Trump na liderança em nova pesquisa

 | Chip Somodevuilla/AFP
(Foto: Chip Somodevuilla/AFP)

O candidato republicano Donald Trump superou sua rival democrata Hillary Clinton por um ponto porcentual na primeira vez em que lidera uma pesquisa desde maio, segundo uma pesquisa realizada pela ABC News/The Washington Post e publicada nesta terça-feira (1.º).

O magnata tem 46% das intenções de voto, contra 45% para Hillary.

O republicano não demorou a reagir aos novos dados. “Uau, agora lideramos a pesquisa @ABC/@washingtonpost por 46 a 45. Subimos 12 pontos, a maioria antes do escândalo de Hillary”, escreveu Trump no Twitter, em referência ao escândalo que explodiu na semana passada quando o FBI reabriu a investigação pelos e-mails que Hillary enviou de um servidor privado quando era secretária de Estado.

O jornal The Washington Post destacou que a pesquisa tem uma margem de erro de 2,5%, mas também colocou em evidência a verdadeira queda do entusiasmo que os eleitores de Hillary demonstram pela própria candidata.

De acordo com a pesquisa, o entusiasmo pela ex-secretária de Estado caiu sete pontos como consequência do escândalo dos e-mails.

Neste sentido, 53% dos eleitores de Trump se dizem “muito entusiasmados” com sua candidatura, contra apenas 43% dos eleitores de Hillary.

Há apenas uma semana, este entusiasmo entre os eleitores de Hillary era de 51%, de forma que a pesquisa detectou um claro esfriamento entre seus seguidores.

O jornal lembrou que, faltando uma semana para as eleições presidenciais de 2012, o entusiasmo entre os eleitores de Obama era de 64%, contra 61% dos simpatizantes de seu adversário Mitt Romney.

O diretor do FBI, James Comey, anunciou na sexta-feira passada a descoberta de novos e-mails que transitaram por um servidor privado utilizado por Hillary, contrariando as normas do Departamento de Estado.

O The Washington Post também registrou nesta terça-feira que Hillary tem uma vantagem de 54% a 41% sobre Trump entre os eleitores que votaram antecipadamente, mas Trump está na dianteira por 50% contra 39% entre aqueles que disseram estar certos de que votarão no dia 8 de novembro.

Esta nova pesquisa foi realizada entre 27 e 30 de outubro.

Trump à frente nas pesquisas mexe com as bolsas em todo o mundo e dólar sobe no Brasil

Estadão Conteúdo

O efeito da divulgação da pesquisa que mostra Donald Trump à frente de Hillary Clinton também afetou o humor do mercado. Em todo mundo, as bolsas de valores registraram quedas, atribuídas a ouros dois fatores: petróleo e a decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), que deve definir as taxas de juros nesta semana. Nesta terça-feira, o órgão iniciou uma reunião de dois dias para analisar as taxas de juros, a uma semana da eleição presidencial dos Estados Unidos. Uma vitória de Trump geraria um ambiente turvo nos negócios, uma vez que seus planos fiscal e econômicos não são claros.

O dólar subiu em relação ao real e caiu em relação ao euro. A Bovespa teve uma sessão de fortes correções nesta terça-feira (1) terminando o dia em queda de 2,46%, aos 63.326,41 pontos. A pressão vendedora teve como fonte as incertezas do cenário norte-americano e foi potencializada pela proximidade do feriado brasileiro. No início do pregão, as ações chegaram a ensaiar uma alta, mas logo cederam à realização de lucros diante do movimento de aversão ao risco que se instalou nos mercados globais.

A pesquisa nos Estados Unidos indicando um incômodo empate técnico entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton foi o principal fator de tensão. O desconforto com a possibilidade de vitória do polêmico Trump atingiu em cheio o mercado mexicano, que contaminou os demais emergentes, como o Brasil. A queda na Bovespa foi generalizada, com poucas ações escapando da correção. Nas sucessivas mínima registradas à tarde, o Ibovespa chegou a cair 2,94%, ameaçando perder os 63 mil pontos (mínima de 63.018,57).

No Brasil, os juros futuros fecharam em alta, pressionados pelo avanço do dólar e aumento das tensões no exterior pelo efeito Trump. Ao término da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 fechou na máxima, com taxa de 12,25%, de 12,21% no ajuste anterior. O contrato DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 11,60%, de 11,51%. A taxa do DI janeiro de 2021 avançou de 11,30% para 11,42%.

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