Acusado de ser um esquerdista radical, Guido Bellido (à esquerda) ficou pouco mais de dois meses no cargo| Foto: EFE/Stringer
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O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou nesta quarta-feira (6) a renúncia de seu primeiro-ministro, Guido Bellido, e que vai empossar um novo gabinete ministerial ainda esta noite.

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“Decidi tomar algumas decisões em favor da governabilidade”, declarou Castillo em um breve pronunciamento, no qual confirmou os rumores da saída de Bellido, cuja permanência no cargo foi questionada pela oposição política e por grande parte dos peruanos.

Castillo acrescentou que “é hora de colocar o país acima de todas as ideologias e posições partidárias” e que “o equilíbrio de poderes é a ponte para o Estado de Direito e a democracia”.

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Desde que tomou posse, em 28 de julho, Bellido ficou em constante conflito com a oposição, que domina o Congresso e o considera um político radical de esquerda que gera “instabilidade” no país. Castillo disse agradecer a Bellido “por seus serviços prestados” e que o novo primeiro-ministro e seu gabinete tomarão posse às 20 horas (horário local; 22h de Brasília).

A imprensa local informou que o presidente ofereceu o cargo de premiê a Mirtha Vásquez, uma política moderada de esquerda que presidiu o Congresso na legislatura anterior.

Durante sua mensagem, o presidente peruano garantiu que, desde que tomou posse, tem “trabalhado duro para cumprir todos os compromissos” assumidos durante sua campanha eleitoral e no início de seu mandato. Ele reafirmou “o compromisso do Peru com o investimento privado, enfatizando a necessidade de operar sem corrupção, com responsabilidade social, priorizando a diversificação produtiva nacional”.

Castillo também disse que o Executivo e o Legislativo de seu país deveriam “assegurar a tranquilidade e a coesão do governo”, para que as prerrogativas constitucionais da questão da confiança, como a interpelação e a censura dos ministros, “não sejam utilizadas para criar instabilidade política”.

Ele se referiu, desta forma, à ameaça de Bellido de apresentar uma questão de confiança se o Congresso tentasse censurar o ministro do Trabalho, Iber Maraví, que na semana passada foi questionado pelo plenário parlamentar após a divulgação de notícias de que, na juventude, ele tinha ligações com o grupo terrorista Sendero Luminoso.

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