O porta-voz do governo da Catalunha, Francesc Homs, anunciou que a região avalia declarar independência da Espanha nos próximos anos. A Catalunha historicamente é hostil ao governo central, mas o tema não costuma ser tratado oficialmente. Entre as opções, a administração avalia uma consulta pública ou uma votação parlamentar a ser realizada em quatro anos.
Embora Homs não tenha divulgado razões concretas para a retomada do processo de independência, o ambiente econômico na região influencia o movimento.
A Catalunha, com PIB (Produto Interno Bruto) de 210 bilhões de euros (R$ 545 bi), o maior dentre as 17 regiões autônomas do país, recorreu em agosto ao socorro financeiro de 5 bilhões de euros vindos do governo central da Espanha.
À época, Homs afirmou que não aceitaria "condições políticas" em troca. Sem esses recursos, a região, de PIB maior que o de Portugal (170 bilhões bilhões), não teria como pagar dívidas de curto prazo.