Táxis bloqueiam rua durante greve geral na Catalunha nesta terça-feira| Foto: LLUIS GENE/AFP

Importantes sindicatos da Espanha convocaram uma greve geral na Catalunha nesta terça-feira (3) para protestar contra a violência policial ocorrida durante o plebiscito separatista do domingo (1º) na região. O sindicato CCOO afirmou que a greve ocorre "para condenar a violência empregada pelas forças de segurança para interromper o plebiscito".

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O líder do grupo separatista Omnium, Jordi Cuixart, também convocou uma greve geral na Catalunha nesta terça-feira. Pelo menos 844 pessoas e 33 policiais ficaram feridos, enquanto a polícia espanhola tentava impedir a votação, suspensa pelo Tribunal Constitucional do país. 

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O governo da Catalunha declarou a vitória de seu plebiscito separatista com 90,09% dos votos favoráveis à independência e 7,87% contrários —o restante votou em branco ou nulo. Participaram da consulta 2,2 milhões de pessoas, menos de metade de um eleitorado total de 5,5 milhões.

Segundo informações da agência EFE, pelo menos 24 manifestações fecharam o tráfego em várias vias da Catalunha. A situação provocou retenções, em alguns casos, de mais de 10 quilômetros.

Reação

O Barcelona anunciou que irá aderir à greve geral na Catalunha. Nenhuma das equipes de futebol (profissional e categorias de base) do clube deverá desenvolver qualquer atividade prática. A sede do Barcelona também deverá ficar fechada como reação às tentativas das autoridades espanholas de impedir o referendo.

Apesar disso, o governo espanhol disse que o primeiro-ministro Mariano Rajoy, em reuniões com opositores políticos, segue defendendo o desempenho da polícia.

O principal líder da oposição, o socialista Pedro Sanchez, criticou a violência policial . Já o líder do partido Ciudadanos, Albert Rivera, se reuniu com Rajoy nesta segunda-feira, enquanto o premiê procurava um consenso sobre como proceder com a crise envolvendo a Catalunha. 

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Uma declaração do governo disse que Rajoy também conversou com os principais líderes da União Europeia e com o presidente da França, Emmanuel Macron, para explicar o "fracasso" da tentativa de votação do governo separatista catalão. Rajoy disse a eles que "a determinação do governo em suspender o plebiscito ilegal contribui para manter a estabilidade e a democracia em toda a União Europeia". 

As informações são da Associated Press.