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Benjamin Netanyahu pode viajar ao Catar ainda nesta semana para se reunir com o Hamas.
Benjamin Netanyahu pode viajar ao Catar ainda nesta semana para se reunir com o Hamas.| Foto: EFE/EPA/Abir Sultan

O Catar será a sede uma reunião entre Israel e o Hamas para finalizar um acordo de trégua ainda nesta semana. A informação foi fornecida à rede de televisão CNN por autoridades do Egito, país responsável pela mediação do encontro.

Em entrevista concedida ao canal neste domingo (25), o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, também confirmou que israelenses e palestinos estão próximos de chegar a um entendimento dos "contornos básicos" desse pacto – que inclui a libertação de reféns e um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza.

Sullivan, no entanto, afirmou que o acordo ainda precisa de ajustes e depende de "negociações indiretas" entre o Catar, o Egito e o Hamas.

Em entrevista exibida hoje pela emissora CBS News, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não quis dar detalhes sobre a reunião. Para ele, não está claro se o acordo será acrescentado às negociações que já estão em andamento. "O Hamas precisa chegar a uma situação razoável", disse.

Netanyahu revelou que se reunirá com autoridades ainda neste domingo para alinhar um plano militar que pretende, ao mesmo tempo, evacuar os civis palestinos de Gaza e destruir os batalhões restantes do Hamas. "Se tivermos um acordo, ele será um pouco adiado, mas acontecerá. Se não tivermos um acordo, faremos isso de qualquer maneira", afirmou.

Protestos contra Netanyahu em Israel ganharam contornos violentos na noite passada

Manifestantes liderados por um grupo de familiares de reféns israelenses têm protestado todos os sábados em Tel Aviv e outras cidades do país. Eles exigem que Benjamin Netanyahu aceite um cessar-fogo com o Hamas e permita a libertação das 130 pessoas que ainda estão presas no enclave palestino.

A manifestação do último sábado (24), no entanto, tomou um rumo violento quando um grupo conseguiu obstruir uma rodovia e foi reprimido pela polícia – que, pela primeira vez, disparou canhões de água e enviou policiais montados. Vinte e uma pessoas foram presas por "reunião ilegal e perturbação da ordem".

"A violência policial contra os manifestantes, incluindo as famílias dos reféns, é perigosa, antidemocrática e não pode continuar. O direito de protestar é um direito fundamental e não pode ser retirado dos manifestantes com cassetetes e canhões de água", disse o líder opositor Yair Lapid em sua conta na rede social X.

A polícia por sua vez, decidiu abrir um inquérito para investigar se houve excessos por parte de seus agentes. As autoridades, porém, acusaram os detidos de ir às ruas "com o objetivo de confrontar policiais, e não para fazer um protesto legítimo". (com Agência EFE)

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