Católicos em todo o mundo celebraram a beatificação do Papa João Paulo II neste domingo, lotando igrejas para orações, ou acompanhando pela a tevê a cerimônia que o coloca mais perto da possível santificação.
Do México à Austrália, sinos soavam em igrejas e catedrais para celebrar uma das maiores honras da Igreja Católica concedida pelo Papa Bento XVI ao polonês Karol Wojtyla, que visitou 129 países, nos 27 anos de pontificado para se tornar o Papa que mais viajou na história.
Nas Filipinas, onde muitos adoram João Paulo II com uma grande intensidade, as pessoas, em massa, visitavam relíquias do Papa, como vestimentas e um jogo de prato, colher e garfo, ainda não lavados, que ele utilizou há 16 anos durante visita ao país.
O popular pontífice tem um amplo número de seguidores nas Filipinas, nação de maior predominância católica na Ásia, onde autoridades evitaram a concretização de um plano terrorista para assassiná-lo durante a visita de 1995. Quase 100 mil bebês tiveram nomes dados em sua homenagem, após sua visita como Papa, segundo notícias locais.
Na Polônia, país de João Paulo, dezenas de milhares de pessoas se juntaram no maior santuário da Cracóvia e em Wadowice, onde o pontífice nasceu.
Centenas de australianos foram à Catedral de Santa Maria, em Sydney para celebrar a beatificação, com serviços religiosos dentro da catedral e uma atmosfera de carnaval fora dela.
Na Coreia do Sul, cerca de 800 católicos foram à missa, em Hwaseong, ao sul de Seul, para celebrar a beatificação, neste domingo. Uma delegação de 107 sul-coreanos viajou a Roma para participar das celebrações locais. João Paulo visitou a Coreia do Sul duas vezes, em 1984 e 1989.
Milhares de mexicanos fizeram vigília na Basílica da Virgem de Guadalupe, na Cidade do México, no sábado. Em 2002, durante sua última visita, o Papa João Paulo II canonizou Juan Diego como o primeiro santo indígena nas Américas. Acredita-se que a Virgem de Guadalupe apareceu para Juan Diego em 1531, em uma colina onde uma importante deusa asteca era venerada. O México foi o terceiro país mais visitado pelo Papa depois da Polônia e da França.