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Há mais de 50 milhões de anos, fazia muito mais calor na Terra e os cavalos, para se adaptarem a essas temperaturas, eram quase que do tamanho de gatos domésticos, vagando pelas florestas da América do Norte, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (23) pela revista Science.

Esses primeiros cavalos conhecidos, chamados Sifrhippus, na realidade, tornaram-se menores ao longo de dezenas de milhares de anos, numa época na qual as emissões de metano dispararam, possivelmente devido às grandes erupções vulcânicas. A pesquisa poderá contribuir com o conhecimento sobre como os animais modernos do planeta poderão se adaptar ao aquecimento da Terra.

Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram fósseis de dentes de cavalos descobertos no estado de Wyoming, no Noroeste dos Estados Unidos.

Muitos animais se extinguiram nesse período de 175 mil anos de duração, conhecido como o Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno, ocorrido há 56 milhões de anos. Outros diminuíram de tamanho para sobreviver com recursos limitados.

Segundo um dos autores do estudo, Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Flórida, as temperaturas médias mundiais aumentaram 10 graus Fahrenheit durante esse período devido ao aumento significativo de dióxido de carbono emitido no ar e nos oceanos.

A temperatura superficial do mar no Ártico era, então, de 23 graus centígrados, como a das águas subtropicais contemporâneas.

A pesquisa demonstrou que o Sifrhippus se reduziu em quase um terço, até chegar ao tamanho de um gato doméstico (de quatro quilos) nos primeiros 130 mil anos do período.

Depois, voltou a crescer até chegar aos sete quilos, nos últimos 45 mil anos do período.

Cerca de um terço dos mamíferos conhecidos também se tornaram menores durante esse tempo.

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