O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o Brasil quer manter e reforçar a cooperação nuclear com a Argentina. "A cooperação na área nuclear é um pilar da relação estratégica e isso é compreendido pelos dois lados. Temos a intenção de manter e reforçar essa cooperação com a Argentina", disse Amorim, em entrevista publicada neste domingo (1º) no jornal argentino "Clarín".
Segundo o "Clarín", o governo argentino tem dúvidas a respeito da participação brasileira nas negociações em torno do programa nuclear iraniano. Na entrevista, Amorim reconheceu que há "diferenças" com a Argentina. "Compreendo o receio que a Argentina tem (...) mas há algo importante a dizer para a opinião pública argentina: o Brasil não está buscando uma cooperação nuclear com o Irã. A questão é ajudar em um problema que afeta a paz mundial", afirmou
Amorim disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará na próxima semana com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e que tratará da questão iraniana.
O ministro defendeu novas negociações sobre o programa nuclear iraniano. Segundo ele, a retomada das negociações levará o Irã a suspender o enriquecimento de urânio a 20%. "É certo, o Irã começou a enriquecer a 20%. Mas se houver uma negociação, isso será suspenso. Há vários sinais que levam a crer que isso é possível", disse Amorim.
No dia 27 de julho, a União Europeia (UE) aprovou uma série de sanções contra o Irã pela manutenção de seu programa nuclear. O Conselho de Segurança das Nações Unidas também já havia aprovado sanções contra o Irã.
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