Brasília O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que os sócios menores do Mercosul Paraguai e Uruguai são livres para buscar acordos comerciais fora da união aduaneira, mas assinalou que essa vontade tem limites. A afirmação é uma resposta direta aos planos do Uruguai, que busca uma aproximação com os Estados Unidos.
"Os países estão livres para explorar possibilidades mas... que não comprometam o coração do Mercosul e o coração do Mercosul é a tarifa externa comum", disse Amorim a jornalistas.
Uruguai e Paraguai sócios menores do bloco aduaneiro também integrado por Brasil, Argentina e Venezuela buscam uma flexibilidade maior do grupo sul-americano para tentar entendimentos comerciais com terceiros países, o que é proibido pelas regras do Mercosul.
As duas nações têm feito reclamações sobre o funcionamento do Mercosul, considerando que as diferenças no tamanho das economias que o compõem beneficiam apenas os sócios de maior peso, como Brasil e Argentina. O Uruguai quer negociar com Estados Unidos, China e Índia a fim de expandir seu comércio fora da região.