A funerária que cuida dos restos mortais de Tamerlan Tsarnaev, suspeito de ser coautor dos atentados na Maratona de Boston e morto em um tiroteio com a polícia, não encontra um lugar para enterrá-lo devido à rejeição dos cemitérios do estado de Massachusetts, nos Estados Unidos.

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O diretor da funerária para onde foi levado o corpo, na quinta-feira passada, a pedido de um tio de Tamerlan, disse à CNN nesta segunda-feira (6) que todos os cemitérios consultados sobre a possibilidade de enterrar os restos mortais não os aceitaram.

Segundo Peter Stefan, diretor da funerária Graham Putnam & Mahoney, os responsáveis pelos cemitérios temem represálias e acreditam que muitas pessoas não vão querer ser enterradas perto do suposto idealizador do maior atentado em território americano desde 11 de setembro de 2001.

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Tamerlan, de 26 anos, e seu irmão Dzhokhar Tsarnaev, de 19, são suspeitos de terem colocado as duas bombas que explodiram no dia 15 de abril perto da linha de chegada da Maratona de Boston, causando a morte de três espectadores e ferindo mais de 280.

Segundo o jornal "Boston Herald", o dono da funerária, que aceitou preparar o corpo de Tamerlan, está perdendo a paciência devido aos contínuos protestos do lado de fora de seu estabelecimento.

Em entrevista neste domingo ao jornal, Stefan afirmou estar disposto a ligar para a Casa Branca por estar sendo criticado. "Criticar é fácil, o que preciso é de uma solução", declarou.

O dono da funerária propõe que o governo federal assuma o corpo e o entregue à sua família na Rússia.

O jornal "Telegram and Gazette", de Massachusetts, publicou hoje uma entrevista com o ativista William T. Breault, presidente de uma associação de segurança pública, que quer estabelecer um fundo para custear a mudança do corpo para a Rússia. Os pais de Tamerlan são originários da Chechênia e vivem na região vizinha do Daguestão.

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