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Bagdá (Das agências internacionais) – No dia em que as autoridades iraquianas divulgaram um balanço do número de mortos e feridos desde o início dos atentados sectários de uma semana atrás, uma nova onda de violência deixou ontem pelo menos 71 mortos, mergulhando o país já arrasado pela ocupação militar externa em um cenário muito próximo ao de uma guerra civil entre as ramificações xiita e sunita do Islã.

Na segunda-feira, após três dias de toque de recolher nas áreas mais violentas, os ataques tinham diminuído, principalmente depois de apelos feitos por líderes religiosos sunitas e xiitas, que apareceram rezando lado a lado em imagens da emissora de tevê estatal. A calma relativa, no entanto, não durou 24 horas. Ontem, cinco explosões – incluindo três carros-bomba – atingiram Bagdá, deixando um saldo de 41 mortos.

À noite, outras duas explosões atingiram alvos xiitas ao norte de Bagdá, matando pelo menos 15 pessoas e deixando outras 72 feridas. Um carro-bomba também explodiu a mesquita Abdel Hadi Chalabi, no bairro de Hurriyah, matando 14 pessoas e ferido 62. Tiros de canhão atingiram o santuário Imam Kadhim, em Kazimiyah, no lado oposto do Rio Tigre. Uma pessoa morreu, e dez ficaram feridas. A mesquita Al Majid, onde está sepultado o pai de Saddam Hussein, em Tikrit, norte do país, também foi alvo de ataques (veja ao lado).

O Conselho de Ministros do Iraque indicou ontem que a violência sectária desencadeada há uma semana pela explosão da Mesquita Dourada, santuário xiita de Samarra (125 quilômetros ao norte de Bagdá), já deixou 379 mortos e 458 feridos.

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