Centenas de sul-africanos compareceram neste sábado (9) ao funeral da garota de 17 anos de idade que foi brutalmente estuprada e assassinada, gerando indignação nacional.
A morte de Anene Booysen, que foi mutilada e abandonada em uma pequena cidade no Cabo Ocidental, ecoou o estupro em grupo de uma estudante num ônibus em Nova Delhi no ano passado, e atraiu atenção para as altas taxas de crime sexual na África do Sul.
Centenas de pessoas de luto, incluindo políticos, lotaram uma igreja na cidade de Bredasdorp, enquanto uma tenda foi montada para acomodar aqueles que não cabiam no estabelecimento.
Anene foi encontrada por guardas de segurança a uma pequena distância de sua casa após festejar num bar na noite de sexta-feira (8). Seu estômago foi cortado até seus genitais e ela morreu devido a seus ferimentos no hospital.
Ela foi capaz de identificar um de seus atacantes antes de sua morte. Três homens foram presos e vão comparecer à corte na terça-feira (12). O irmão de Anene disse à imprensa local que conhecia um dos suspeitos.
"Ele era um amigo meu, fomos à escola juntos, ficamos numa só casa, éramos como irmãos", disse Ryno Booysen.
O presidente Jacob Zuma expressou choque e indignação, exigindo as piores sentenças possíveis para os assassinos e uma campanha para "dar fim a essa praga em nossa sociedade".