Centenas de "indignados" se manifestaram neste sábado (17) à tarde em Paris contra o sistema capitalista e a favor de uma revolução pacífica.

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Os manifestantes - 300, segundo a polícia - arremeteram contra vários bancos, fazendo pichações e colando fita adesiva nos caixas eletrônicos. Ao chegarem durante a tarde ao Banco da França, alguns deles penduraram uma faixa proclamando "Morte aos bancos", enquanto outros gritavam em espanhol "Culpado!".

"Somos um movimento pacífico, cidadão, que tem vontade de que as coisas mudem. Nos dirigimos ao povo e pedimos que desperte", explicou Pierre-Yves, de 29 anos, um dos organizadores do protesto.

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A manifestação saiu à 16h (11h de Brasília) em direção à Praça da bastilha atrás de uma bandeira na qual era possível ler em espanhol "Marcha popular a Bruxelas".

A manifestação reúne vários grupos de "indignados" europeus, muitos deles espanhóis que fizeram a viagem a pé ou de carro com Bruxelas como destino final para um dia de protesto em 15 de outubro.

"Pedimos a paz, a paz econômica e moral", declara Rafael, de 39 anos, com barba por fazer e o pé direito dolorido pela viagem. Rafael dirigia uma empresa de pintura até que a crise o obrigou a despedir seus 20 empregados, ficando desempregado.

"Decidi levar a Bruxelas as vozes de todas as pessoas vítimas da crise", explica.

Ao grito de "Paris, em pé, se revolte" ou "pouco a pouco vamos para Bruxelas", os manifestantes se dirigiram à Praça da Bastilha para uma concentração popular noturna.

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A mobilização parisiense dos "indignados" começou no dia 19 de maio na sequência do movimento de protesto surgido quatro dias antes na Praça Porta do Sol, em Madri, contra a crise econômica e o desemprego, que afeta quase a metade dos espanhóis com menos de 25 anos