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tensão

Centenas de israelenses se manifestam contra libertação de presos palestinos

Centenas de israelenses se manifestaram nesta segunda-feira (28) em frente à prisão de Ofer, entre Jerusalém e Ramala, contra a libertação na terça-feira de 26 presos palestinos, na segunda fase estipulada dentro das atuais negociações de paz entre o governo de Israel e a liderança palestina.

Os manifestantes proferiram gritos contra a libertação, que beneficiará em vários períodos sucessivas um total de 104 detentos que foram presos antes da assinatura dos Acordos de Oslo de 1993.

Alguns participantes levavam fotografias de vítimas israelenses de ataques palestinos junto a cartazes nas quais se lia "Bibi, não fales com terroristas" ou "Bibi, paralise a libertação de presos", em referência ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo governo aprovou ontem a libertação desse novo grupo de 26 reclusos.

Os presentes tentaram formar um cordão humano ao redor da prisão enquanto gritavam "O sangue judeu não se abandona", embora o forte esquema de segurança tenha impedido que pudessem rodear totalmente o recinto penitenciário.

Os organizadores da concentração, convocada pela associação israelense de vítimas do terrorismo Almagor, anunciaram que nesta terça-feira apresentarão um recurso contra a libertação dos presos, cuja saída de prisão está prevista entre a meia-noite de terça-feira e a madrugada da quarta-feira.

O Serviço Israelense de Prisões publicou na madrugada do domingo a lista de 26 presos que deixará o presídio, dentro dos gestos de boa vontade estipulados pelo governo israelense para que os palestinos aceitem retornar à mesa de negociações.

A totalidade dos libertados cumprem pena desde antes da assinatura dos Acordos de Oslo e foram declarados culpados por tribunais israelenses por crimes de assassinato.

Entre eles cinco têm acumuladas outras penas por tentativa de assassinato e danos físicos a outras pessoas.

Segundo a lista, 21 dos detentos são naturais da Cisjordânia e cinco da Faixa de Gaza, embora se desconheça, por enquanto, se seu retorno será ao lugar no qual residiam antes de serem detidos.

Em comunicado divulgado pelo escritório do primeiro-ministro, Israel advertiu que, "se algum dos presos retornar a atividades hostis, voltará a cumprir o que lhe resta da pena".

O protocolo de libertação de reclusos estabelece que, após a publicação da lista, a cidadania israelense em geral tem um prazo de 48 horas para apelar perante a Corte Suprema, embora os juízes não tenham bloqueado até agora resoluções governamentais deste tipo.

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