Centenas de turistas estrangeiros fizeram as malas e saíram do balneário de Sharm el-Sheik, no Mar Vermelho, neste domingo, depois que bombas mataram diversas pessoas no pior ataque no Egito desde 1981.
Muitos turistas - bronzeados e carregando equipamentos de mergulho - lotaram o aeroporto de Sharm el-Sheik para embarcar de volta para casa.
A polícia egípcia reforçou a segurança nos postos de inspeção ao redor da cidade no sul da Península do Sinai e prendeu dezenas de pessoas que pudessem ter informações sobre os responsáveis pelos ataques.
No entanto, as autoridades não divulgaram informação significativa sobre as investigações dos ataques de sábado, que deverão causar prejuízos importantes para o turismo do Egito.
As autoridades também forneceram números contraditórios de vítimas. Uma fonte oficial em Sharm el-Sheik disse que houve 88 mortos, mas o ministro da Saúde, Mohamed Awad Tag el-Din, disse à televisao egípcia que 63 pessoas morreram.
Entre os mortos, estão sete estrangeiros, incluindo um tcheco e um italiano. As nacionalidades dos outros mortos não foram divulgadas.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, disse neste sábado que os ataques contra um dos símbolos do turismo no país servirão apenas para reforçar sua determinação em combater militantes.
NOVO ATENTADO - Neste domingo, uma bomba de pequeno alcance explodiu no sudoeste do Cairo, ferindo seriamente o homem que a carregava, informou a polícia.
A explosão, causada aparentemente por uma bomba feita com pregos, ocorreu na entrada do prédio onde o homem morava. Segundo a polícia, ele se chama Sami Gamal Ahmed, 33, e trabalha no hospital Qasr el-Ainy, no centro do Cairo.
No início da madrugada de sábado, várias explosões ocorreram na cidade antiga de Sharm el-Sheik e no bairro moderno de Naama Bay, atingindo o mercado antigo de Sharm, o hotel Ghazala Gardens e um estacionamento.
Segundo comunicado do Ministério do Interior, havia pelo menos dois carros-bombas com pacotes de explosivos. Testemunhas disseram que o hotel Ghazala Gardens foi sacudido por várias explosões.
O grupo Brigada de Abdula Azam, que afirmou ser ligado à Organização Al-Qaeda para a Síria e Egito, reivindicou os atentados por meio de mensagem em um site de internet. Em outubro, esse mesmo grupo assumiu a responsabilidade pela série de atentados contra pontos turísticos na cidade de Taba, que deixou 34 mortos, em sua maioria egípcios e israelenses.
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