A fome se espalhou para seis das oito regiões no sul da Somália, e 750 mil pessoas enfrentam iminente estado de fome, disse a Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira, enquanto centenas de pessoas estão morrendo diariamente apesar do aumento na ajuda humanitária.
"Toda a região de Bay foi declarada uma área em estado de fome", disse Mark Boden, coordenador de ajuda humanitária da ONU para a Somália.
Bay é a sexta região na Somália a escorregar à condição de fome desde a declaração inicial das Nações Unidas sobre a crise no país, em julho. A Somália, assolada pela guerra, tem mais de 4 milhões de pessoas, o equivalente a 53 por cento da população, incapacitadas de cumprir com suas necessidades alimentares.
Centenas de pessoas estão morrendo diariamente e ao menos metade são crianças, disse Grainne Moloney, da ONU, acrescentando que esperava que o restante das regiões no sul da Somália escorregaria ao estado de fome até o final deste ano.
As agências de ajuda humanitária só conseguiram entregar alimentos para 1 milhão daqueles em necessidade porque o grupo rebelde Al Shabaab, filiado à al Qaeda e que controla grande parte da região sul do país, não permitiu a entrada das entregas de alimentos.
"O índice de subnutrição (entre crianças) na região de Bay é de 58 por cento. Esse é um índice recorde de subnutrição aguda", disse Moloney, analista chefe da Unidade de Análise em Segurança Alimentar e Nutrição da ONU.
A fome existe onde ao menos 20% das famílias não têm acesso a alimentos suficientes, mais de 30% estão com subnutrição aguda e duas pessoas em cada 10 mil morrem diariamente, segundo dados da ONU.
O Chifre da África tem sofrido a pior seca em décadas, que afetou partes do Quênia, Etiópia, Djibouti e até a Uganda.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Deixe sua opinião