Centenas de pessoas acompanharam nas ruas da cidade industrial de Hamilton, no Canadá, a passagem do caixão com o corpo do cabo Nathan Cirillo, morto no ataque de um atirador à área do Parlamento. Cirillo, de 24 anos, é um dos dois militares assassinados em ataques na semana passada por radicais.
O primeiro-ministro Stephen Harper e centenas de pessoas participaram da cerimônia na Catedral Anglicana Igreja de Cristo, na cidade natal do militar. Uniformizados e com kilt, membros da Unidade Argyll and Sutherland Highlanders escoltaram o caixão até o cemitério. Marcus Cirillo, de 5 anos, filho do militar, acompanhou o funeral a pé, carregando uma bandeira canadense.
"É muito triste. Sentimos que é algo próximo quando acontece quando alguém de Hamilton", disse Kim Sass, que parou para deixar uma mensagem na bandeira hasteada ao lado da catedral.
Os ataques, ocorridos após o Canadá decidir se unir à coalizão contra o Estado Islâmico, abriram o debate de como um país tranquilo pode se proteger da ameaça terrorista.
Desarmado, Cirillo fazia a vigília do Memorial Nacional da Guerra em Ottawa, no último dia 22, quando foi assassinado a tiros. O agressor correu então para o Parlamento, onde trocou tiros com a segurança e acabou morto.
Segundo a Polícia Montada Real Canadense, o atirador Michael Zehaf-Bibeau, de 32 anos, gravou um vídeo antes de realizar o ataque ao complexo do Parlamento. Nas imagens, ele se mostrou contrário à política externa canadense, mostrando motivos ideológicos e religiosos.
Após o funeral, Harper tem um encontro marcado com o secretário de Estado americano, John Kerry, que viajou a Ottawa para manifestar o apoio dos EUA.