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O presidente de EUA, Barack Obama, limitará sua visita à ONU a um discurso perante a Assembleia Geral, na terça-feira, e não terá reuniões bilaterais com outros líderes, já que está centrado em sua campanha pela reeleição e passará menos de 24 horas em Nova York.

Obama, que no sábado esteve em Wisconsin como parte de sua viagem eleitoral, não tem atividades públicas neste domingo. O líder dos Estados Unidos viajará para Nova York na segunda-feira.

Antes de se pronunciar perante a Assembleia Geral, Obama gravará junto com sua esposa, Michelle, uma aparição no programa "The View" da rede "ABC", segundo agenda divulgada pela Casa Branca.

O presidente já participou do programa, que é popular sobre tudo entre as mulheres, classe eleitora que prefere Obama ao republicano Mitt Romney, segundo pesquisas.

Na noite de segunda-feira, Obama será o anfitrião da tradicional recepção aos chefes de delegações que participarão da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

O discurso de Obama perante a Assembleia está previsto para a manhã de terça-feira. O presidente americano deve expor questões sobre a recente violência contra missões diplomáticas em países árabes por conta da difusão de um filme sobre o profeta Maomé, além de falar sobre o fim da Guerra do Iraque, o compromisso de retirada de tropas do Afeganistão até 2014 e a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, em uma operação em maio de 2011 no Paquistão.

Além de expor o longo conflito da Síria, os Estados Unidos querem aproveitar a Assembleia para ampliar e fortalecer as sanções internacionais contra o programa nuclear do Irã, assim como reiterar sua oposição que a Palestina "tome ações unilaterais" no seio da ONU.

As informações sobre o discurso de Obama perante a Assembleia Geral foram confirmadas pela secretária adjunta de Estado para Organizações Internacionais, Esther Brimmer, que disse que os Estados Unidos querem ressaltar, além disso, "seu compromisso e liderança" em matéria de direitos humanos e a necessidade de "continuar trabalhando sobre os Objetivos do Milênio".

Os palestinos negociarão com membros da Assembleia Geral da ONU uma minuta de resolução para pedir o seu reconhecimento como "Estado não membro" da organização, pedido que deve ser votado após as eleições dos Estados Unidos, em 6 de novembro.

Sobre o Irã, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pede há semanas que Obama firme suas posições e, segundo sua opinião, é hora dos Estados Unidos estabelecerem um claro "limite" que Teerã não poderá atravessar sem correr risco de sofrer ataques militares.

A Casa Branca nega que Obama tenha rejeitado se reunir com Netanyahu em Nova York e sustenta que não haverá o encontro por incompatibilidade de agendas.

O certo é que no ano passado, Obama teve encontros bilaterais no marco da Assembleia Geral da ONU com líderes de Israel, da Autoridade Palestina, Turquia, Japão e França, entre outros, e para este ano, não há nenhum programado.

O compromisso do presidente americano com líderes estrangeiros "foi e seguirá sendo extremamente sério", disse nesta semana a porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Após seu discurso perante a Assembleia e antes de retornar à Washington para seguir para com sua campanha eleitoral, Obama falará na Iniciativa Global Clinton, que reunirá mil personalidades e especialistas para debater alguns desafios que a humanidade enfrenta atualmente.

O ex-presidente Bill Clinton, que lidera a iniciativa, se transformou em um pilar vital na campanha pela reeleição de Obama após seu aclamado discurso na Convenção Democrata que foi realizada no início de setembro, em Charlotte.

Também está previsto que Mitt Romney, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, faça um discurso na Iniciativa Global Clinton um pouco antes de Obama.

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