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O Centro Carter confirmou nesta quarta-feira (7) que Edmundo González Urrutia venceu as eleições presidenciais na Venezuela com mais de 60% dos votos, desconsiderando as alegações do regime de Nicolás Maduro sobre um suposto ataque hacker que teria sido realizado contra o sistema eleitoral.
Conforme noticiou a Agence France-Presse (AFP), Jennie Lincoln, chefe da missão de observação eleitoral do Centro Carter, negou que existam evidências de qualquer tentativa de hackeamento do sistema eleitoral venezuelano durante a votação realizada no dia 28 de julho.
Lincoln disse à AFP que a transmissão dos dados de votação é feita por linha telefônica e satélite, e não por computadores, o que minimiza o risco de ataques cibernéticos.
A missão de observação, que foi uma das poucas convidadas pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, relatou à AFP que não houve interrupções significativas na transmissão dos dados.
Segundo o Centro Carter, com base nas informações disponíveis e na análise de outras organizações e universidades, o opositor González foi quem venceu a eleição presidencial, tendo conquistado 67% dos votos, conforme as atas obtidas e divulgadas pela oposição.
O CNE, por sua vez, declarou o ditador Maduro como o vencedor das eleições, mesmo sem apresentar as atas oficiais. Com base nesse resultado, o ditador chavista pediu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que também é controlado por aliados de Caracas, para que os resultados do CNE sejam validados.