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Itália

Centro-direita de Alfano condiciona apoio a governo de coalizão

O partido Nova Centro-Direita (NCD) de Angelino Alfano, cujo apoio é vital para a formação do possível Executivo de Matteo Renzi, se mostrou favorável a um novo governo de coalizão na Itália, mas estabeleceu algumas condições, entre elas a de não concluir as negociações em apenas 48 horas.

Antigo braço direito de Silvio Berlusconi, Alfano criou seu próprio partido em novembro, ao sair da reunião com o Chefe de Estado, Giorgio Napolitano, que desde a última sexta-feira (14) consulta as forças políticas após a renúncia do presidente do governo, Enrico Letta.

Letta apresentou ontem sua renúncia, depois que sua própria formação, o Partido Democrata (PD), lhe deu as costas ao pedir um novo executivo para tirar a Itália da paralisia.

Alfano explicou que seu movimento político nasceu para "assegurar a estabilidade ao país e para defender as instituições" e confirmou que seu objetivo "é o mesmo, já que Itália, embora tenha tido melhorias na situação econômica, não saiu ainda da crise".

Independente de quem for o nome indicado pelo PD para o próximo executivo de coalizão, Alfano já pôs suas condições na mesa. Entre elas que o futuro programa do governo não "vire rumo à centro-esquerda" e que contemple as ideias da centro -direita.

Mas principalmente que, embora queira "continuar colaborando no governo, não podem dar 48 horas para fechar um programa governamental". Palavras que fazem pressagiar que a possível formação de um novo executivo não seja tão fácil, nem tão rápida, como tinha se pensado à princípio.

Por isso, Alfano, cujo partido nasceu da cisão do Povo da Liberdade de Silvio Berlusconi, disse que embora da parte deles "exista boa vontade, não pode garantir um final feliz".

Alfano, vice-presidente do governo e ministro do Interior no executivo anterior, conta em seu partido com 31 senadores, o que o torna figura vital para o governo que o líder do PD, Matteo Renzi, pretende formar.

Como no caso de Letta, Renzi não teria problemas na Câmara dos Deputados, pois seu bloco tem a maioria absoluta, mas no Senado conta com 107 cadeiras e precisa de apoios para chegar a maioria de 161.

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