Eric Ciotti, líder do LR, disse que seu partido é “muito fraco” sozinho contra outros grandes blocos políticos para defender “os valores da direita” na França| Foto: EFE/EPA/VALERY HACHE
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O líder dos Republicanos (LR, na sigla em francês), partido de centro-direita da França, propôs nesta terça-feira (11) uma aliança com o partido de direita nacionalista Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, nas eleições parlamentares antecipadas no país, que serão realizadas em 30 de junho e 7 de julho.

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“Falamos as mesmas coisas, então vamos parar de inventar oposição imaginária”, afirmou Eric Ciotti, líder do LR, à emissora TF1 TV. “Isso é o que a grande maioria dos nossos eleitores quer. Eles nos falam: ‘Cheguem a um acordo’.”

Ciotti alegou que seu partido é “muito fraco” sozinho contra os outros grandes blocos políticos para defender “os valores da direita” e chamou de “antiquado e mal adaptado” o “cordão sanitário” contra a direita nacionalista.

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O LR, fundado em 2015 pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, é herdeiro político dos partidos dos ex-presidentes Charles de Gaulle e Jacques Chirac.

As eleições parlamentares foram antecipadas na França pelo presidente Emmanuel Macron, após a vitória do RN nas eleições para o Parlamento Europeu no domingo (9).

Das 81 cadeiras da França no Legislativo da União Europeia, o RN conquistou 30, e o LR, apenas seis. A coalizão de Macron conseguiu somente 13 cadeiras.

As declarações de Ciotti foram mal recebidas por setores do LR. “É impensável para mim e para muitos deputados do LR que possa haver o menor acordo, a menor aliança, mesmo local ou pessoal, com o RN”, disse Philippe Gosselin, deputado do LR, à agência Reuters. Ele disse que parlamentares do LR criariam um novo grupo para as eleições legislativas na França.

O anúncio de Ciotti também gerou celeuma no governo de Emmanuel Macron, do partido Renascimento.

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O ministro do Interior, Gérald Darmanin, comparou a possível aliança entre LR e RN ao Acordo de Munique, assinado entre a Alemanha nazista e a Itália, França e Reino Unido em setembro de 1938 para que britânicos e franceses reconhecessem a anexação alemã dos Sudetos, na então Tchecoslováquia.

“Éric Ciotti assina o Acordo de Munique e desonra a família gaullista ao se aliar a Marine Le Pen. Uma vergonha. Franceses, vamos acordar!”, escreveu no X. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]