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O bloco sueco de centro-direita perdeu sua maioria parlamentar na eleição do fim de semana e enfrenta na segunda-feira a perspectiva de ter de formar um governo minoritário.

Investidores reagiram com tranquilidade ao impasse político, animados pelo fato de que o primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt permanecerá no cargo e que as finanças públicas estão em ordem.

O partido Democratas da Suécia, que faz campanha contra a imigração, elegeu deputados pela primeira vez, e agora será o fiel da balança nesse país tradicionalmente tolerante aos estrangeiros.

Reinfeldt e a esquerda já anunciaram que não vão aceitar que o governo tenha participação dos Democratas, cujas propostas foram qualificadas de racistas pelos adversários.

O primeiro-ministro havia dito que, em caso de resultado inconclusivo, ele aceitaria formar um governo minoritário, mas preferiria atrair o Partido Verde (centro-esquerda) para a coalizão.

No entanto, os Verdes anunciaram nesta segunda-feira que não vão integrar o governo de centro-direita.

Conforme a apuração preliminar, a Aliança, de Reinfeldt, deve conseguir 172 dos 349 deputados. A centro-esquerda deve ficar com 157 parlamentares, sendo 25 do Partido Verde. Os direitistas dos Democratas da Suécia elegeram 20.

"Se esse resultado se mantiver, haverá um cenário que a maioria dos eleitores suecos queria evitar - que tenhamos um partido xenófobo como fiel da balança", disse o cientista político Ulf Bjereld, da Universidade de Gotemburgo.

Os jornais suecos viram a eleição como uma dramática guinada no país.

"É manhã de segunda-feira, e chega a hora de os suecos encontrarem uma nova imagem própria", escreveu o jornal Svenska Dagbladet. "Um governo de centro-direita sem maioria, uma Social Democracia destroçada, e um partido com raízes no extremismo de ultradireita detendo o equilíbrio do poder."

O eleitorado sueco estava escolhendo entre o modelo de Reinfeldt, com um Estado "social" mais enxuto, com menos imposto e renda e mais privatizações, em contraposição à plataforma da oposição de esquerda, que defendia a cobrança de mais impostos dos ricos para bancar escolas, hospitais e cuidados com os idosos.

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