O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou nesta sexta-feira (19) que os seus engenheiros já resolveram o problema que causou a falha global nos sistemas da Microsoft, embora tenha alertado que pode levar algum tempo para que alguns clientes voltem a operar.
"Sabemos qual é o problema. Já o resolvemos. Agora estamos recuperando os sistemas", disse Kurtz em entrevista à emissora americana NBC.
O CEO desta empresa sediada em Austin (Texas) assegurou que trabalharam “a noite toda” com os seus clientes para que os sistemas voltassem a funcionar.
"Muitos deles estão reiniciando o sistema e eles estão voltando a funcionar... quanto a alguns sistemas que não estão se recuperando, estamos trabalhando com eles. Pode levar algum tempo para alguns sistemas que simplesmente não se recuperam automaticamente”, declarou.
Kurtz insistiu que a falha foi causada por um “bug” em uma atualização que apresentava um problema com um sistema operacional da Microsoft.
“Em alguns casos, há uma interação estranha e não parece acontecer em todos os sistemas Windows. Existem diferentes versões, variantes e níveis de correção, por assim dizer, e estamos tentando descobrir onde ocorreu essa interação negativa", explicou Kurtz.
A falha sofrida nos sistemas da Microsoft em consequência da atualização de um componente de cibersegurança da empresa Crowdstrike tem causado numerosos incidentes em nível global em companhias aéreas, aeroportos, sistemas de pagamento, sanitários e meios de comunicação, entre outros serviços.
Esta atualização tem causado problemas técnicos aos clientes da Microsoft, problema que se reflete na geração de uma “tela azul” que impede seu funcionamento correto.
A Microsoft também se manifestou sobre o apagão global nesta sexta-feira, reiterando as declarações da empresa de que a causa da interrupção de seus aplicativos e serviços foi corrigida. Apesar disso, destacou que o "bug" continua a afetar alguns de seus clientes.
Reino Unido discute apagão cibernético em reunião de emergência
Autoridades do governo do Reino Unido realizaram nesta sexta-feira uma reunião de emergência para avaliar o impacto do apagão cibernético relacionado a sistemas da empresa de segurança digital CrowdStrike que utilizam o sistema operacional Windows, da Microsoft.
“Reconhecemos o impacto que isso está tendo sobre os serviços, e o governo está trabalhando em estreita colaboração com os respectivos setores e indústrias nessa questão, que afeta os serviços não apenas em todo o Reino Unido, mas também globalmente”, disse um porta-voz do governo britânico após uma reunião do chamado comitê de emergência Cobra.
O primeiro-ministro, Keir Starmer, não participou do encontro, de acordo com a mesma fonte. “O primeiro-ministro teve conversas bilaterais com (o presidente da Ucrânia, Volodymyr) Zelensky e o gabinete (de ministros) de manhã, mas todos os ministros, incluindo o premiê, estão sendo informados sobre os últimos acontecimentos”, ressaltou o porta-voz.
Diversos hospitais do Reino Unido foram afetados pelo apagão generalizado. Segundo o Serviço Nacional de Saúde, a pane cibernética global causou interrupções na maioria dos consultórios médicos ligados ao sistema de saúde do país.
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