Uma pesquisa realizada em seis cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Salvador e Porto Alegre) por um grupo de cientistas de várias instituições traz um alerta: nas quatro primeiras cidades, existe risco de transmissão de variedades de HIV resistentes a drogas antirretrovirais. Por outro lado, afirma o grupo, a quantidade de vírus resistentes no Brasil, em média, é aceitável e parecida com a encontrada em outros países.
O trabalho envolveu cientistas do Ministério da Saúde e foi publicado no final de 2009 no periódico Journal of the International Aids Society.
Em números, de 210 indivíduos recém-infectados com HIV no Brasil, 17 (8,1%) carregavam variedades de HIV já resistentes a pelo menos uma droga antirretroviral, classe de medicamento utilizado no tratamento da aids.
Segundo Maria Cecília Sucupira, bióloga da Universidade Federal de São Paulo e uma das autoras do estudo, a resistência surge devido à má utilização dos remédios. "A quantidade de medicamento que circula no organismo é suficiente para fazer com que não aconteça a replicação do vírus. Mas, se hoje você toma no horário certo e amanhã você esquece, o nível de medicamento no sangue diminui e, como o HIV é um vírus muito mutante, você dá chance para que mutações resistentes comecem a se multiplicar, diz. Mais de 200 mil pessoas tomam antirretrovirais no país.
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DNA revela traços de esquimó pré-histórico (imagem)
Bastaram alguns fios de cabelo conservados no solo gelado da Groenlândia para que novas técnicas de sequenciamento permitissem que fossem decifrados os segredos do DNA de um homem que viveu há 4 mil anos, segundo uma pesquisa cujos resultados foram publicados pela revista Nature.
O homem, da etnia Saqqaq, a primeira conhecida na Groenlândia, tinha provavelmente a pele morena, os cabelos pretos e uma forte tendência à calvície, indicou Esle Willerslev, da Universidade de Copenhague, que dirigiu o estudo. O esquimó pré-histórico, geneticamente adaptado às temperatura geladas, corria riscos de sofrer de otites devido à cera muito seca que tinha no ouvido, explicou Willerslev.
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Genoma de erva pode melhorar alimentação
O genoma de uma erva de regiões temperadas, prima de uma planta utilizada para a produção de bioetanol, foi sequenciado, o que pode colaborar para as pesquisas sobre cereais como o trigo, a aveia e o centeio. A Brachypodium distachyon, erva selvagem originária das regiões mediterrâneas e do Oriente Médio, apesar da pouca importância para a agricultura, revelou-se útil pelo sequenciamento. Como a Brachypodium apresentou 13.580 genes comuns com outros cereais, modificações genéticas entre as plantas poderiam acelerar seu crescimento e melhorar cultivares de grande valor agrícola, como o trigo, indica estudo publicado pela Nature.
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