Membros da polícia francesa informaram que pelo menos cem pessoas foram mortas por atiradores dentro da casa de shows Bataclan, um dos locais atacados durante os atentados a Paris nesta sexta-feira (13).

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O número foi informado às agências de notícias Associated Press e AFP e ao canal francês BFM TV. Se confirmada a informação, este será o maior atentado terrorista na Europa desde 1988.

O tiroteio na Bataclan começou uma hora depois do início do show da banda californiana Eagles of Death Metal, disse a emissora BFM TV, que acrescentou que ao menos duas pessoas entraram na casa e começaram a atirar para o alto. Os dados, no entanto, são bastante imprecisos.

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Um jornalista que estava no local informou que os terroristas dispararam “com armas automáticas de tipo Kalachnikov (rifle de assalto semi ou totalmente automático de fabricação russa conhecido como AK-47) ao acaso sobre a multidão” por um tempo entre 10 e 15 minutos. Há controvérsias se teriam ou não invocado Alá ou algum país do Oriente Médio.

Invasão

Por volta da 0h30 em Paris (22h30 em Brasília), o BRI (Batalhão de Busca e Intervenção), força especial da polícia francesa, invadiu a casa de shows e conseguiu matar dois terroristas que haviam atacado o local com fuzis e granadas. Suspeitos foram detidos e revistados nas ruas de Paris.

A polícia decidiu invadir a casa de espetáculos após ouvir detonações no interior do local, onde dezenas de pessoas ainda eram mantidas como reféns pelos terroristas.

“Carnificina”

Segundo policiais que entraram na Bataclan, localizada no Boulevard Voltaire, a cena era de um a “verdadeira carnificina”. A imprensa francesa se refere aos terroristas como camicases.

A violência é a pior a atingir a França em décadas e apenas dez meses depois do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos.

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Em depoimentos à rádio France Info, pessoas que estavam na casa de shows diziam aos prantos que o ataque lembrava o trauma do Charlie, ainda não superado no país.

A palavra de ordem entre os franceses é desejar “coragem”, numa alusão aos momentos difíceis que aguardam a população. Busca-se o máximo de precisão nas notícias, de modo a não criar falsos alardes.

O presidente François Hollande decretou estado de emergência e fechou as fronteiras de todo o país após a série de ataques . Ele anunciou também que enviou o Exército às ruas para cercar as saídas de Paris e a fronteira. “Todas as forças serão utilizadas para neutralizar os terroristas.”

As universidades foram fechadas. Aulas suspensas. Nos meios de comunicação, números de telefone de emergência são repassados à população, para que informem qualquer anormalidade.

A recomendação é que as pessoas não saiam de suas casas.

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