Ao menos 80 franceses ou residentes no país morreram na Síria ou no Iraque enquanto lutavam ao lado de jihadistas, disse nesta segunda (9) o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, em entrevista à rádio Europe 1.

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Segundo Valls, cerca de 1.400 franceses ou residentes na França possuem ou possuíam relações com facções extremistas. Deste número, 750 estão ou estiveram no Iraque ou na Síria: 410 atualmente estão em campo em ofensivas, 260 retornaram à França ou viajaram a outros países, além dos 80 que morreram.

O restante estaria "em trânsito": demonstraram a intenção de viajar a Síria e Iraque ou fazem parte de estruturas de recrutamento dos extremistas.

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Valls enfatizou que este não é um problema específico francês e pediu a mobilização da sociedade para fazer frente ao fenômeno. Ele anunciou uma reunião com os ministros do Interior (Bernard Cazeneuve) e da Educação (Najat Vallaud-Belkacem) para tratar do problema, principalmente nas escolas.

"Não podemos aceitar que a blasfêmia e que a liberdade de expressão sejam colocadas no mesmo nível que o antissemitismo, o racismo e a apologia ao terrorismo", disse Valls. "A religião não pode impor o seu discurso."

No domingo (8), seis pessoas suspeitas de pertencer a uma filial terrorista foram detidas em Toulouse e Albi (sudoeste da França). As autoridades francesas redobram seus esforços para limitar a saída de potencias jihadistas rumo à Síria após os atentados de Paris, incluindo a invasão ao jornal "Charlie Hebdo" em janeiro, que deixou 12 mortos.

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