Cerca de 200 ativistas pró-palestinos foram impedidos de embarcar nos aeroportos internacionais com destino a Israel, onde autoridades estão preparadas para deportar aqueles que conseguirem pousar no país, disse a polícia israelense nesta sexta-feira.
Depois que a Grécia barrou uma flotilha que tentava embarcar em oposição ao bloqueio da Faixa de Gaza neste mês, ativistas internacionais mobilizaram uma frota no aeroporto Ben-Gurion, próximo de Tel Aviv, em desafio às restrições de Israel contra o acesso aos territórios ocupados da Cisjordânia.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou o ato como provocação. Seu governo ordenou medidas de repressão, citando preocupação com a ordem pública no principal portal de entrada de Israel para o mundo, ou de que estrangeiros iriam reforçar as manifestações palestinas.
Viajantes afetados pela proibição estavam indignados.
"Estou absolutamente chocada que estou sendo barrada sem nenhuma prova de que fiz qualquer coisa", disse a frustrada viajante Cynthia Beat à Reuters.
"Aparentemente, é suficiente dizer que você gostaria de ir à Palestina, passar algum tempo com os palestinos, para que seja proibido de viajar a Israel", afirmou, falando de Berlim.
Simpatizantes dos palestinos dizem que Ben-Gurion é o ponto de acesso mais fácil para a Cisjordânia, que está a apenas 10 quilômetros e não tem aeroporto próprio. Eles condenam as expulsões de Israel como sendo um abuso de poder.
Segundo o principal jornal de Israel, Yedioth Ahronoth, o governo emitiu às companhias aéreas uma lista de 342 supostos ativistas que seriam enviados de volta se chegassem a Ben-Gurion, e as companhias seriam obrigadas a arcar com os custos do retorno.
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