Forças de segurança prenderam cerca de 500 simpatizantes pró-democracia em toda a Síria depois que o governo enviou tanques para reprimir os protestos na cidade de Deraa, disse a organização defensora dos direitos humanos Sawasiah nesta terça-feira.
A organização independente disse ter recebido informações de que ao menos 20 pessoas morreram em Deraa desde que os tanques entraram na cidade na segunda-feira, mas a comunicação com o sul da cidade, onde os protestos contra o presidente Bashar al-Assad começaram em 18 de abril, foram interrompidas, dificultando a confirmação das informações.
"Testemunhas nos disseram que ao menos 20 civis morreram em Deraa, mas não temos seus nomes e não podemos confirmar", disse um representante da Sawasiah, acrescentando que houve a confirmação de dois civis mortos no subúrbio de Douma, em Damasco, onde forças de segurança também entraram.
Ao menos 500 pessoas foram detidas em outras partes da Síria, segundo a entidade.
A Anistia Internacional, citando fontes em Deraa, disse que ao menos 23 pessoas morreram quando tanques bombardearam Deraa, e classificaram o episódio como "uma reação brutal às exigências do povo".
Forças de segurança e atiradores leais a Assad já mataram mais de 350 civis em toda a Síria desde o início dos protestos pró-democracia em Deraa, segundo grupos de direitos humanos. Um terço das vítimas foi morta a tiros nos últimos quatro dias, em meio à crescente revolta contra Assad.