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Aplicativo de carona

Cerca de 550 mulheres processam Uber por agressões em veículos nos EUA

Uma mulher entra em um veículo em uma estação de coleta Uber no Aeroporto Internacional de Los Angeles, Califórnia, EUA, 12 de agosto de 2020. (Foto: EFE/EPA/CHRISTIAN MONTERROSA)

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Cerca de 550 americanas entraram na quarta-feira (14) com uma ação judicial contra a Uber por terem sido agredidas por motoristas de veículos da plataforma de carona.

De acordo com um comunicado do escritório de advocacia Slater Slater Schulman, o processo foi instaurado em um tribunal em San Francisco, na Califórnia, onde está localizada a sede da Uber.

"As passageiras foram sequestradas, agredidas sexualmente, espancadas, estupradas, perseguidas, assediadas e atacadas por motoristas da Uber", explicaram os advogados.

A ação judicial alega que a empresa de San Francisco tem conhecimento de que alguns dos seus motoristas estavam cometendo agressões sexuais e estupros contra passageiras desde 2014.

Na última edição do seu relatório de segurança, publicado no início de junho, a Uber disse ter recebido 3.824 relatórios de agressões sexuais graves em 2019 e 2020, desde beijos não consensuais a estupros.

Na segunda-feira passada (03), foi revelado que o ex-lobista da Uber Mark MacGann está por trás do vazamento de documentos da plataforma que mostram práticas controversas da empresa em todo o mundo.

O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) explicou que o antigo principal lobista da Uber na Europa divulgou 18,69 gigabytes de e-mails, mensagens de texto e documentos internos da plataforma ao jornal britânico The Guardian. Esses documentos foram compartilhados pelo jornal com o ICIJ e a sua rede de colaboradores, que inclui veículos internacionais.

Os documentos divulgados mostram como os executivos da empresa tentaram influenciar os políticos a obter favores e negociaram contratos de investimento com oligarcas russos agora sancionados.

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