Cerca de 550 americanas entraram na quarta-feira (14) com uma ação judicial contra a Uber por terem sido agredidas por motoristas de veículos da plataforma de carona.
De acordo com um comunicado do escritório de advocacia Slater Slater Schulman, o processo foi instaurado em um tribunal em San Francisco, na Califórnia, onde está localizada a sede da Uber.
"As passageiras foram sequestradas, agredidas sexualmente, espancadas, estupradas, perseguidas, assediadas e atacadas por motoristas da Uber", explicaram os advogados.
A ação judicial alega que a empresa de San Francisco tem conhecimento de que alguns dos seus motoristas estavam cometendo agressões sexuais e estupros contra passageiras desde 2014.
Na última edição do seu relatório de segurança, publicado no início de junho, a Uber disse ter recebido 3.824 relatórios de agressões sexuais graves em 2019 e 2020, desde beijos não consensuais a estupros.
Na segunda-feira passada (03), foi revelado que o ex-lobista da Uber Mark MacGann está por trás do vazamento de documentos da plataforma que mostram práticas controversas da empresa em todo o mundo.
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) explicou que o antigo principal lobista da Uber na Europa divulgou 18,69 gigabytes de e-mails, mensagens de texto e documentos internos da plataforma ao jornal britânico The Guardian. Esses documentos foram compartilhados pelo jornal com o ICIJ e a sua rede de colaboradores, que inclui veículos internacionais.
Os documentos divulgados mostram como os executivos da empresa tentaram influenciar os políticos a obter favores e negociaram contratos de investimento com oligarcas russos agora sancionados.
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