Estado Islâmico liberta cidadãos turcos sequestrados
Folhapress
Os 46 cidadãos turcos e três iraquianos sequestrados desde junho pelos jihadistas da milícia Estado Islâmico (EI) no Iraque foram libertados e estão na Turquia, anunciou o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu.
"Nossos compatriotas chegaram à Turquia durante a manhã", afirmou Davotuglu, que não revelou detalhes sobre as condições de libertação dos 49 sequestrados na tomada do consulado-geral de Mossul pelos jihadistas.
Os 49 turcos foram capturados em 11 de junho, quando os combatentes do EI assumiram o controle do prédio do consulado turco de Mossul, norte do Iraque.
Entre os sequestrados estavam o cônsul geral e sua esposa, vários diplomatas e seus filhos, assim como integrantes das forças especiais turcas.
Em nota, porém, a agência oficial turca Anadolu afirma que não houve pagamento de qualquer tipo de resgate e que nenhuma outra condição foi aceita por Ancara em troca da libertação. A agência ainda afirma que seis tentativas anteriores de libertação foram malsucedidas.Segundo a Turquia, os sequestrados passaram por oito locais de cativeiro diferentes em Mossul enquanto estavam em posse da facção.
Cerca de 60 mil curdos sírios entraram na Turquia nas últimas 24 horas, um vice-primeiro ministro disse neste sábado, com o avanço de militantes do grupo Estado Islâmico, que tomaram dúzias de vilarejos próximos à fronteira e estão investindo contra uma cidade síria.
A Turquia abriu um pedaço de sua fronteira na sexta-feira, após civis curdos terem deixado suas casas, temendo um iminente ataque à cidade de Ayn al-Arab. Neste momento, o Estado Islâmico está a menos de 15 quilômetros do local, também conhecido como Kobani, segundo um comandante curdo em solo.
O avanço do Estado Islâmico no norte da Síria provocou pedidos de ajuda por parte dos curdos da região, que temem um massacre em Kobani. A cidade está estrategicamente posicionada na fronteira e impediu que militantes radicais sunitas consolidassem seus ganhos territoriais no norte da Síria.
Lokman Isa, um agricultor de 34 anos de idade, disse que ele tinha fugido com a sua família e cerca de 30 outras famílias depois que militantes do Estado islâmico fortemente armados entraram em sua aldeia de Celebi. Ele disse que as forças curdas lutando contra eles tinham apenas armas leves.
O vice-primeiro-ministro da Turquia, Numan Kurtulmus, informou que o número de curdos sírios que cruzaram o trecho de 30 km da fronteira aberto desde sexta-feira estava em 60 mil Autoridades disseram que milhares de pessoas ainda estavam esperando para cruzar na noite de sábado.
Curdos tentam conter avanço do Estado Islâmico na SíriaFolhapress
Centenas de combatentes curdos saíram da Turquia e entraram na Síria para tentar defender uma região que está sendo atacada pelo Estado Islâmico, segundo informaram ativistas neste sábado. Os militantes do movimento extremista muçulmano estão atacando a área de Kobani há três dias, invadindo vilas e forçando dezenas de milhares de curdos sírios a fugir.
"Kobani está enfrentando o mais cruel e bárbaro ataque da sua história", diz Mohammed Saleh Muslim, diretor da União Democrática Curda, cujos membros dominam o grupo curdo sírio conhecido como YPK, que está tentando conter o avanço do Estado Islâmico. O Observatório Sírio de Direitos Humanos e o militar curdo Nawaf Khalil confirmam que centenas de curdos da Turquia estão chegando à região para participar do combate.
Enquanto isso, pelo menos 60 mil civis curdos fugiram dos combates na Síria, buscando refúgio na Turquia, segundo informou o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus. "Alguns estão ficando com parentes, outros serão alojados em escolas locais e prédios públicos, enquanto uma parte ficará em barracas", explicou.
Na sexta-feira, o presidente da região autônoma curda no Iraque, Masoud Barzani, alertou que o ataque do Estado Islâmico contra a região de Kobani "ameaça a integridade da nação curda e afronta a honra, dignidade e existência do nosso povo".