Cerca de 600 mil pessoas aderiram a um abaixoassinado em apoio ao WikiLeaks nesta segunda, um dia antes da segunda apresentação em um tribunal em Londres do fundador e editor-chefe do site, Julian Assange. A campanha realizada pelo site Avaaz pede que os Estados Unidos e outros países "interrompam imediatamente as medidas contra o WikiLeaks e seus parceiros" e respeitem "as leis de liberdade de expressão e liberdade de imprensa".

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O WikiLeaks vem divulgando milhares de telegramas diplomáticos confidenciais norte-americanos, causando grande embaraço para os EUA. O presidente Barack Obama disse que os vazamentos são "deploráveis" e vários países tentaram fechar o site, fazendo com que o WikiLeaks tenha de pular de servidor para servidor para se manter no ar. Às 15h54 (em Brasília) de hoje, 596 mil pessoas de todo o mundo já haviam aderido à campanha do Avaaz.

Embora o abaixoassinado não mencione Assange, muitos partidários ligam a campanha contra o WikiLeaks a acusações de crimes sexuais e estupro feitas contra o editor-chefe do site na Suécia. O australiano de 39 anos vai se apresentar a um tribunal londrino pela segunda vez amanhã, quando seus advogados farão um segundo pedido para que ele deixe a cadeia sob fiança.

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Assange foi detido no dia 7 de dezembro em Londres com base num pedido de extradição da Suécia, onde promotores querem interrogá-lo por crimes sexuais. Ele nega as acusações e seus advogados disseram que elas têm motivos políticos. Partidários devem se reunir do lado de fora do Tribunal de Magistrados de Westminster antes da apresentação de Assange, marcada para o período da tarde, para protestarem contra sua prisão.

Na semana passada, o juiz negou a ele o estabelecimento de uma fiança alegando que Assange poderia tentar fugir, mas afirmou também que gostaria de analisar melhor as evidências da acusação. As informações são da Dow Jones.