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Cerca de 6,5 milhões de pessoas passam fome na Venezuela, segundo o relatório “Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutricional da América Latina 2022”, elaborado por várias agências das Nações Unidas e publicado nesta quarta-feira.
“Na América do Sul, a Venezuela teve a maior prevalência de subalimentação (22,9%), o que em números absolutos equivale a 6,5 milhões de pessoas”, afirma o documento que usa estimativas das médias dos anos de 2020 e 2021.
“Uma olhada nas tendências da fome nos países da região mostra que a fome aumentou significativamente na Venezuela, em 18,4 pontos percentuais, ou seja, 5 milhões de pessoas a mais com fome entre os períodos 2013-2015 e 2019-2021”, acrescenta.
O estudo também revela que 4,1% das crianças menores de 5 anos na Venezuela sofrem de desnutrição aguda, "uma condição que põe em risco a vida" dos bebês e que é "causada pela ingestão insuficiente de energia e nutrientes, má absorção de energia e nutrientes ou uma doença frequente ou prolongada”.
"A emaciação ou desnutrição aguda é uma das formas mais críticas de desnutrição na primeira infância, pois está associada a um alto risco de mortalidade se os casos não forem adequadamente identificados e tratados em tempo hábil", completa o documento.
O relatório foi elaborado pelas agências das Nações Unidas para a saúde (OMS), alimentação e agricultura (FAO), infância (Unicef), desenvolvimento agrícola (IFAD) e o Programa Alimentar Mundial (PMA).