Câmara baixa do Parlamento italiano se reúne para a eleição desta quinta-feira (18)| Foto: Reuters/Tony Gentile

O Parlamento italiano começou nesta quinta-feira (18) a primeira votação para escolher o próximo presidente da República, com a incerteza sobre a eleição de Franco Marini devido à falta de coesão nas fileiras do Partido Democrata (PD).

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O chefe de Estado italiano é eleito em uma sessão conjunta do Parlamento, formado por 319 senadores e 630 deputados, e mais 58 delegados regionais, totalizando 1.007 eleitores.

Nas primeiras três votações é preciso somar mais de dois terços dos votos (671), enquanto a partir da quarta sessão vale a maioria absoluta (504).

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Estão previstas para hoje duas votações, em procedimento que leva entre quatro e cinco horas, já que os 1.007 eleitores depositam seus votos na urna um por um, após serem chamados pelo nome em ordem alfabética. Depois acontece a apuração em voz alta.

Serão horas de tensão, depois que o líder da centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, anunciou como candidato o ex-sindicalista católico Franco Marini, de 80 anos, o que provocou um racha no seio de sua formação, o Partido Democrata (PD).

Bersani sempre defendeu que a figura presidencial deve representar uma grande convergência entre as forças políticas.

Marini recebeu o consenso do conservador Povo da Liberdade (PDL), de Silvio Berlusconi, e da Escolha Cívica, do presidente do Governo interino, Mario Monti.

Segundo a primeira hipótese, se forem confirmados os apoios, Marini pode ser eleito na primeira votação com 698 votos, apesar do parecer contrário dos parceiros de Bersani, a Esquerda, Ecologia e Liberdade, e de uma centena de dissidentes.

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Os votos dos membros de esquerda dissidentes do PD podem optar pelo candidato do Movimento 5 Estrelas, Stefano Rodotà, uma figura muito apreciada pela sociedade e por muitos membros da centro-esquerda.

O risco de cisão no PD é evidente e muitos jornais falam hoje da decisão "suicida" de Bersani.