Três parentes de suspeito de massacre de Toulouse são detidos
A mãe do suspeito dos massacres Toulouse e Montauban, seu irmão e a companheira deste foram detidos nesta quarta-feira (21) como parte da investigação dos três ataques, que provocaram sete mortes, informaram fontes judiciais
Suspeito de ataques em Toulouse chegou a ser preso no Afeganistão
Mohammed Merah, o homem apontado como o autor dos ataques que mataram quatro pessoas em uma escola judaica na última segunda-feira (19) e três soldados do Exército na semana passada, é um cidadão francês de origem argelina de 24 anos. Ele chegou a ser preso no Afeganistão, mas teria fugido
A polícia francesa cercou nesta quarta-feira (21) a casa do homem suspeito de abrir fogo contra uma escola judaica em Toulouse, na França. O suposto atirador seria Mohammed Merah, um francês de origem argelina de 24 anos. Ele diz ser ligado à rede terrorista al-Qaeda e disse que vai se entregar ainda nesta quarta-feira (21), segundo o ministro do Interior francês, Claude Guéant.
Merah está armado dentro de casa e disse que matou os quatro judeus na escola Ozar Hatorah e outros três militares franceses nos Pirineus para "vingar a morte de crianças palestinas" e denunciar a presença do Exército francês no Afeganistão. Segundo Guéant, o atirador já era perseguido por autoridades de Paris "há muitos anos". Cinco pessoas da família do extremista foram presas, entre elas sua mãe, seu irmão e sua namorada. A mãe, que é argelina, disse à polícia ter pouca influência sobre Merah.
"Nossa maior preocupação é pegar ele dentro de condições que permitam que ele seja levado à justiça", disse o ministro do Interior Claude Guéant.
Durante as negociações em Toulouse, Merah jogou uma pistola da janela da casa em troca de um telefone, de acordo com Guéant. O suspeito ainda tem uma metralhadora Uzi, um fuzil Kalashnikov e outras pistolas. Armas ainda foram encontradas em um carro próximo ao apartamento do suspeito.
Assim que a casa foi cercada, por volta das 3h (horário local), agentes tentaram entrar no prédio do extremista, mas foram recebidos com tiros, e dois policiais ficaram feridos, um no joelho e outro nas costas. A polícia francesa desistiu de invadir o apartamento na madrugada por temer que o homem tivesse colocado explosivos dentro da casa. Mais tarde, um novo tiroteio foi escutado e um terceiro oficial se feriu. O suspeito mora em um prédio de cinco andares em uma área residencial na periferia de Toulouse, a apenas três quilômetros da escola judaica Ozar Hatorah. Segundo repórteres no local, o homem estaria no primeiro andar ou no térreo.
A polícia francesa tem certeza que o extremista está sozinho em sua residência, mas teme que ele acabe se matando por seu perfil psicológico. Por volta das 11h (horário local), o suspeito interrompeu as conversas com a polícia francesa.
Segundo a imprensa francesa, o suposto atirador é de um grupo chamado Forsane Alizza (cavalheiros de glória, em tradução livre), banido pelo Ministério do Interior francês em janeiro passado. Em entrevista à Reuters, o chefe da prisão de Kandahar, no Afeganistão, disse que Merah foi preso na cidade em 2007 e condenado a três anos de reclusão por posse de bombas. O franco-argelino, no entanto, teria fugido da prisão poucos meses depois. De acordo com o jornal espanhol "El Mundo", há indícios de que Merah tenha sido treinado em uma região tribal do Afeganistão, controlada por talibãs.
O presidente Nicolas Sarkozy, que suspendeu sua campanha pela reeleição após a tragédia em Toulouse, acompanha o cerco pelo Palácio do Eliseu. Em comunicado nesta manhã, Sarkozy parabenizou a polícia francesa e pediu a união do povo francês. Ele deve viajar para Toulouse ainda hoje.
"Nós devemos no unir. Não podemos nos entregar para a discriminação nem para a vingança", disse Sarkozy.
Além de matar três crianças e um rabino em uma escola judaica de Toulouse, na segunda-feira, autoridades francesas acreditam que Merah é o responsável por matar outros três policiais neste mês na região dos Pirineus. Além das mortes, um adolescente de 17 anos teria ficado gravemente ferido durante o tiroteio na escola, e um quarto soldado, de origem caribenha, permanece em coma.
Vítimas de escola judaica são enterradas em Jerusálem
Os corpos das três crianças e do rabino mortos na segunda-feira por um atirador em uma escola de Toulouse foram enterrados nesta quarta-feira (21) em Jerusalém. Cerca de duas mil pessoas foram ao cemitério de Givat Shaul.
O rabino Jonathan Sandler, de 30 anos,seus dois filhos Arieh e Gabriel e a Myriam Monsonego, filha do diretor da escola de 7 anos, foram mortos com tiros na cabeça pelo atirador de Toulouse. O homem, que estava em uma scooter, abriu fogo contra o colégio na manhã de ontem. O ministro do Exterior francês, Alain Juppé, acompanhou os funerais.
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