Partidários do Estado islâmico lançaram o CaliphateBook para contornar as proibições e bloqueios periódicos que enfrentam no Facebook e outras redes sociais, e assim espalhar a sua mensagem militante através da Internet.
O site 5elafabook.com, que se assemelhava ao Facebook, mas parecia ainda inacabado, foi ao ar no domingo, mas um dia depois saiu da Internet e sua conta vinculada no Twitter foi encerrada.
Uma mensagem postada em inglês em sua primeira página dizia ter suspendido temporariamente as operações para “proteger as informações e detalhes de seus membros e sua segurança”.
O Estado islâmico, que declarou a criação de um califado em território capturado no Iraque e na Síria, baseia-se fortemente nas redes sociais para espalhar mensagens e divulgar vitórias militares e decapitações de prisioneiros.
Mas as principais empresas de mídia social se apressam a remover links de cenas de assassinatos, e muitos governos vêm adotando restrições mais fortes sobre o uso da Internet pelos militantes.
Não ficou claro quem criou o 5elafabook.com --um nome baseado em uma transliteração para o inglês da palavra árabe para califado, ‘khelafa’-- nem quantos membros atraiu.
A mensagem postada na página inicial dizia se tratar de um site independente e não patrocinado pelo Estado Islâmico. Mas afirmava que o grupo militante se expande pelo mundo todo, “com a permissão de Deus”. O website inicial mostrou um mapa do mundo pontilhado com a insígnia árabe do Estado Islâmico.
Dados online mostraram que o site tinha sido construído por meio do Socialkit, um programa que permite aos usuários produzir as próprias redes sociais. O site foi registrado na empresa de Internet GoDaddy.com em 3 de março e indicava como endereço de sua sede a cidade de Mossul, controlada pelo Estado Islâmico no Iraque, mas apontava como país de origem o Egito, com um número aparentemente falso de telefone egípcio.
Partidários do Estado islâmico realizaram um debate em um outro fórum na Internet sobre se as plataformas como o 5elafabook poderiam ser confiáveis ou se elas poderiam ser usadas por seus inimigos para obterem informações, de acordo com o serviço SITE, que rastreia os militantes na web.