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Claude Joseph (foto), governava o país após o assassinato do presidente Jovenel Moise, mas o Senado do Haiti considera que Joseph Lambert deve ser o presidente interino.
Claude Joseph (foto), governava o país após o assassinato do presidente Jovenel Moise, mas o Senado do Haiti considera que Joseph Lambert deve ser o presidente interino.| Foto: Orlando Barría/Agência EFE/Gazeta do Povo

O Senado do Haiti adiou a posse de Joseph Lambert como presidente da República interino, ato que estava previsto para este sábado, um dia após a nomeação para o cargo feita pelo Senado.

Lambert, que é presidente do Senado, disse à Agência Efe que a cerimônia foi adiada "a pedido dos senadores", mas não divulgou uma nova data para a posse.

"Os senadores decidiram adiar a cerimônia de posse prevista para esta tarde. Todos querem estar presentes para participar ativamente da nomeação. Há uma necessidade urgente de reconstruir a esperança em nosso país", comentou Lambert no Twitter.

A nomeação, aprovada na sexta-feira por oito dos dez senadores em atividade, estabelece que Lambert deve prestar juramento na Assembleia Nacional diante dos colegas senadores, outros políticos e representantes da sociedade civil, e imediatamente assumirá suas funções no Palácio Nacional.

O governo liderado pelo primeiro-ministro interino, Claude Joseph, ainda não se pronunciou sobre a resolução aprovada pelo Senado.

O texto do Senado afirma que Claude Joseph foi retirado de seu cargo na segunda-feira passada por meio de um decreto assinado pelo presidente Jovenel Moise, assassinado na quarta-feira, motivo pelo qual nega que tenha legitimidade para seguir à frente do governo.

Após o assassinato de Moise, Claude Joseph se manteve à frente do governo, com apoio da Polícia e do Exército, e recebeu respaldo explícito da ONU, dos Estados Unidos e outros países.

O Senado é o único órgão do país que conta com cargos eleitos, mas desde janeiro de 2020 não está habilitado a tomar decisões por falta de quórum.

A Câmara dos Deputados e dois terços do Senado deveriam ter sido renovados em 2019, mas as eleições foram adiadas devido à instabilidade política que o país vivia, o que levou ao fechamento do Legislativo.

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