Após 13 anos, a guerra no Afeganistão chegou oficialmente ao fim hoje, em uma silenciosa cerimônia em Cabul que marcou a transição de poder das tropas lideradas pelos EUA para as forças de segurança do país.
Diante de um pequeno público na sede da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma bandeira verde e branca da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf, na sigla em inglês) foi retirada e a bandeira de uma nova missão internacional foi hasteada.
O general John Campbell, da Isaf, homenageou os 3.500 soldados mortos no Afeganistão e elogiou o exército do país para dar-lhe confiança de que é possível assumir esta luta sozinho.
O porta-voz do Taleban, Zabihullah Mujahid, chamou o evento de "cerimônia de derrota", acrescentando que a guerra continuaria. "Desde a invasão em 2001 até agora, esses eventos foram destinados a mudar a opinião pública, mas vamos lutar até que não haja nenhum soldado estrangeiro em solo afegão e seja estabelecido um Estado islâmico", disse.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse em comunicado que a mais longa guerra na História dos EUA estava chegando a um responsável término. Os esforços, segundo ele, devastaram o núcleo da Al-Qaeda, fizeram justiça ao que se refere a Osama bin Laden e interromperam planos terroristas.
Obama ainda destacou que as tropas americanas e seus diplomatas ajudaram os afegãos a recuperar comunidades e caminhar rumo à democracia.
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