O Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern) anunciou que o maior acelerador de partículas do mundo realizou hoje os primeiros choques de prótons, meses antes do que era esperado. Mas, a baixa velocidade, novas descobertas ainda podem levar anos para ocorrer. O Cern também revelou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que convidou o Brasil para se transformar em membro associado e participar de forma plena de seus projetos. Mas, para isso, o governo brasileiro teria de fazer uma contribuição financeira. As negociações foram iniciadas em setembro.

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Os cientistas anunciaram que dois feixes de prótons já circulam em direções opostas no Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês). "Desde sexta-feira, quando foi religado, conseguimos mais resultados que em seis anos de pesquisas feitas da forma tradicional", afirmou Steve Myers, diretor do acelerador. Os especialistas esperam que os choques revelem como o universo foi criado e que confirmem teorias que até hoje são questionadas.

Os cientistas que estavam na sala de comando na hora do choque dos prótons comemoraram como se fosse a conquista de um campeonato. "Começamos hoje uma nova era para a Física", disse Fabiola Gianotti, a porta-voz do experimento.

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Apesar disso, a equipe do Cern alertava que muito teria de ser feito ainda para que os choques pudessem resultar em descobertas. As primeiras colisões de protons em altas velocidades só devem ocorrer em 2010 ou mesmo 2011.

Por enquanto, o Brasil participa de forma marginal do experimento, com softwares, peças e técnicos. O Cern não revelou a quantia necessária para que o País se tornasse membro associado.